MARTINS PEREIRA

Águia quase dobra receita, mas fecha ano com déficit de R$ 4,8 mi

Por Marcos Eduardo Carvalho | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Cristiano Segato/Divulgação
Diretoria do São José durante divulgação do balanço do ano
Diretoria do São José durante divulgação do balanço do ano

O São José, que em 2024 disputou a Série A-2 do Campeonato Paulista após dez anos e esteve na Série D do Campeonato Brasileiro após 24 anos fora do cenário nacional, fechou a temporada com déficit de R$ 4.848.232,63, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (27) pela SAF que gerencia o clube desde o final de 2022.

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Esse é o segundo ano seguido que o clube da região fecha no negativo, já que em 2023, quando subiu para Série A-3 para a A-2 e foi vice-campeão da Copa Paulista, o déficit foi de 4.049.505,27. Ainda assim, teve quase o dobre de receita em relação ao ano anterior.

Para efeito de comparação, no ano passado, a receita foi de R$ 2.728.999,27, ou seja, praticamente dobrou em 2024. E o total de despesas no ano passado foi de R$ 6.778.504,54.

Esses números já eram esperados nesses primeiros anos de investimento, já que o projeto é a longo prazo. Ainda sobre os números de 2024, o São José teve uma receita de R$ 4.446.696,64. Desse total, a maior fatia, 46%, foram com patrocínios e 16% com bilheteria.

Além disso, o programa sócio-torcedor teve 9% de participação, com 1.500 associados (abaixo da meta de 5.000 até o final do ano). Por fim, o clube teve 25% de receitas da FPF (Federação Paulista de Futebol) e 3% com a negociação de atletas.

O total de despesas com o futebol foi de R$ 9.294.929,57 ao final de 2024. A Investimentos Gros, uma das empresas do Grupo Oscar, que comanda a SAF do São José, fez aporte de R$ 4.626.271,23 no futebol em 2024. No ano passado, já tinha aportado R$ 4.049.502,27.

Salários e prêmios são maior parte dos gastos

De tudo que o São José gastou em 2024 com o futebol, 60% foram com os salários e premiações dos jogadores. A Águia do Vale parou nas oitavas de final da Série A-2, o que estava inicialmente dentro do planejamento. No Brasileiro da Série D, onde a meta era o acesso, o time caiu ainda na primeira fase.

Além disso, o São José gastou 11% desse total com infraestrutura, 4% em jogos fora e treinamentos, 6% com os jogos em casa e outros 9% com RCE (Regime Centralizado de Execuções, sobre as dívidas do clube),além de 10% com gastos diversos.

Entre as obrigações da SAF está o pagamento e negociação de antigas dívidas, tanto cíveis quanto trabalhistas, algo que passa a casa dos R$ 17 milhões.

Pré-temporada iniciada

Agora, para 2025, o clube da região quer brigar pelo acesso e já começou a pré-temporada visando a Série A-2 do Campeonato Paulista, que começa a partir do dia 15 de janeiro.

Sob comando do técnico Moacir Junior, o time já treina, inclusive no novo CT Ninho da Águia, que fica na zona norte da cidade e foi apresentado a patrocinadores e imprensa nesta quarta.

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