ADVOGADO MORTO

Caso Leonardo: Deic apreende fuzil e arsenal com suspeito no Vale

Por Da redação | Taubaté
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução
O advogado Leonardo Bonafé, 25 anos
O advogado Leonardo Bonafé, 25 anos

Suspeitos de elo com a execução do advogado Leonardo Bonafé, 25 anos, morto em Taubaté, dois homens foram presos pela Polícia Civil e na casa de um deles foram apreendidos armamentos de grosso calibre e uso restrito, como um fuzil 6.5 e uma pistola 9 mm, entre outros. Leonardo era filho de Flávio Bonafé, advogado e candidato a prefeito de São Luiz do Paraitinga pelo MDB. O crime aconteceu em 28 de agosto.

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Na casa de um dos suspeitos, presos em Pindamonhangaba, a polícia apreendeu um fuzil calibre 6.5, uma pistola 9mm, uma pistola .40, uma espingarda calibre 12, uma carabina calibre 38, um revólver calibre 357, além de munições de diversos calibres. Apesar de o suspeito ser atirador esportivo, todas as armas estavam armazenadas de forma irregular, em desacordo com as normas estabelecidas pelo Exército Brasileiro.

Policiais civis do setor de homicídios da Deic (Delegacia Especializada de Investigações Criminais) de Taubaté prenderam, na última sexta-feira (6), dois homens suspeitos de envolvimento no crime de receptação e adulteração de sinal identificador de veículo.

As prisões marcam um avanço significativo nas investigações do homicídio do advogado Leonardo Bonafé, ocorrido em 28 de agosto de 2024, em Taubaté.
As prisões ocorreram após o cumprimento de mandados de busca e apreensão na cidade de Pindamonhangaba, durante uma operação que visava desmantelar uma quadrilha especializada em roubos e furtos de veículos, além da transformação desses veículos em “dublês” – carros que têm suas características adulteradas para dificultar a identificação.

No primeiro endereço visitado, uma loja de reparos automotivos, um indivíduo foi preso. No local, os policiais encontraram um veículo Hyundai HB20 preto, que havia sido furtado em Pindamonhangaba. O carro já estava com a placa trocada e o chassi suprimido, mas foi identificado graças à numeração do vidro, que ainda não havia sido adulterada. No outro endereço, a polícia encontrou os armamentos.

No decorrer da operação, os investigadores reuniram provas que ligam a quadrilha à adulteração do veículo Jeep Renegade preto, usado no homicídio de Leonardo Bonafé. O veículo foi utilizado pelos criminosos para emparelhar com o carro do advogado, que foi executado a tiros na manhã do dia 28 de agosto, na frente de seu escritório, no bairro Parque Três Marias, em Taubaté. O Renegade foi encontrado queimado pouco depois do crime, na zona rural de Taubaté, na Estrada das Sete Voltas. A investigação segue em andamento com o objetivo de identificar outros membros da quadrilha.

O crime.

Leonardo morreu com nove perfurações a bala, de acordo com o boletim de ocorrência registrado pela Deic (Delegacia Especializada de Investigações Criminais). A suspeita é que os criminosos tenham estudado os hábitos da vítima antes de executá-la. Os tiros atingiram a cabeça, o tronco e o braço do jovem. A execução foi filmada por uma câmera de vigilância.

O advogado foi morto às 10h09, na rua Newton Vasconcellos, bairro Parque Três Marias, quando chegava para trabalhar no escritório Bonafé & Bonafé, que mantinha em sociedade com o pai.

No vídeo, o Jeep Renegade preto emparelha-se com o carro de Leonardo às 10h09 e a ação dos criminosos é rápida, dura apenas quatro segundos, até o momento em o carro dos criminosos acelera e deixa o local.

"No cenário foi possível levantar informações de que um veículo preto, em tese, um Jeep/Renegade, estaria esperando a vítima chegar ao seu trabalho. Informações colhidas indicaram que a vítima tinha o costume de chegar ao local por volta das 10h para trabalhar. Quando a vítima estacionou o veículo, antes mesmo de conseguir sair, tal veículo teria pareado com o carro da vítima e desferido disparos que ceifaram sua vida", diz o boletim de ocorrência.

O veículo usado no crime foi encontrado queimado pela polícia na zonal rural da cidade, na estrada Sete Voltas. A polícia já sabe que o Renegade era um carro dublê. A perícia localizou um projétil na porta traseira do passageiro (ainda sem clareza quanto ao calibre), o qual foi apreendido.

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