Policiais civis do setor de homicídios da Deic (Delegacia Especializada de Investigações Criminais) de Taubaté prenderam, nesta sexta-feira (6), dois homens suspeitos de envolvimento no crime de receptação e adulteração de sinal identificador de veículo.
As prisões marcam um avanço significativo nas investigações do homicídio do advogado Leonardo Bonafé, ocorrido em 28 de agosto de 2024, em Taubaté.
As prisões ocorreram após o cumprimento de mandados de busca e apreensão na cidade de Pindamonhangaba, durante uma operação que visava desmantelar uma quadrilha especializada em roubos e furtos de veículos, além da transformação desses veículos em “dublês” – carros que têm suas características adulteradas para dificultar a identificação.
No primeiro endereço visitado, uma loja de reparos automotivos, um indivíduo foi preso. No local, os policiais encontraram um veículo Hyundai HB20 preto, que havia sido furtado em Pindamonhangaba. O carro já estava com a placa trocada e o chassi suprimido, mas foi identificado graças à numeração do vidro, que ainda não havia sido adulterada.
Em outro endereço, na residência de um segundo suspeito, foram apreendidas várias armas de fogo, incluindo um fuzil calibre 6.5, uma pistola 9mm, uma pistola .40, uma espingarda calibre 12, uma carabina calibre 38, um revólver calibre 357, além de munições de diversos calibres. Apesar de o suspeito ser atirador esportivo, todas as armas estavam armazenadas de forma irregular, em desacordo com as normas estabelecidas pelo Exército Brasileiro.
No decorrer da operação, os investigadores reuniram provas que ligam a quadrilha à adulteração do veículo Jeep Renegade preto, usado no homicídio de Leonardo Bonafé. O veículo foi utilizado pelos criminosos para emparelhar com o carro do advogado, que foi executado a tiros na manhã do dia 28 de agosto, na frente de seu escritório, no bairro Parque Três Marias, em Taubaté. O Renegade foi encontrado queimado pouco depois do crime, na zona rural de Taubaté, na Estrada das Sete Voltas.
A investigação segue em andamento com o objetivo de identificar outros membros da quadrilha.
Leonardo Bonafé, advogado criminalista de 25 anos, era filho de Flávio Bonafé, advogado renomado e candidato à prefeitura de São Luiz do Paraitinga pelo MDB.