TRAGÉDIA EM VINHEDO

Pai pede e médica mudou bilhete e não embarcou em avião que caiu

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Altermir Chiumento e a filha, a médica Juliana
Altermir Chiumento e a filha, a médica Juliana

Um pedido do pai fez com que a médica Juliana Chiumento mudasse sua passagem aérea e escapasse de ser uma das vítimas do acidente com o voo 2283 da Voepass, que caiu na sexta-feira (9) em Vinhedo (SP). Ninguém sobreviveu.

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A mudança ocorreu depois que Juliana recebeu uma mensagem de áudio do pai pedindo para alterar a data da viagem.

“Então, filha, se você conseguir ir para sábado, vai sábado de manhã. Melhor, vai mais sossegada, tranquila, de boa. Chegue tardezinho lá, descansa, vê aí, que se você conseguir marcar para sábado, você marca para sábado”, disse o pai em um áudio enviado por aplicativo de mensagens instantâneas.

Juliana é médica e viajaria para o Rio de Janeiro para fazer uma especialização. O pedido do pai fez com que ela mudasse de ideia. De acordo com o G1, amigos da médica estavam no avião que caiu.

A aeronave partiu do Aeroporto de Cascavel, no Paraná, e pousaria em Guarulhos, em São Paulo. Estavam a bordo do turboélice 62 pessoas, sendo 58 passageiros e quatro tripulantes. Nenhuma delas sobreviveu ao acidente.

“A cabeça está a mil, mas graças a Deus tenho muito suporte e está todo mundo me dando muito apoio, mas eu preciso voltar, eu moro no Rio de Janeiro, vou para lá estudar, fico nessa ponte Rio de Janeiro a Cascavel, sempre fazendo conexão em Guarulhos. Toda vez que eu colocar os pés neste aeroporto, subir em um avião, vou lembrar desse livramento que Deus me deu”, contou a médica ao G1.

À RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, o pai de Juliana, Altermir Chiumento, disse que teve um “pressentimento”, o que motivou o envio da mensagem.

“Pressentimento de pai. Eu disse 'filha, fica mais uma com o pai aqui' e ela disse que ia tentar remarcar para sábado. [...] estou todo dia orando pelos meus filhos. [...] muito motivos para agradecer”, afirmou ele, emocionado.

O ATR-72 saiu de Cascavel às 11h46 e pousaria em Guarulhos no início da tarde de sexta. Ele voou por 1h e 35 minutos sem qualquer registro de ocorrências, até fazer uma curva brusca e despencar 4 mil metros em aproximadamente 1 minuto. Após a perda de altitude, o avião caiu e explodiu numa área de um condomínio residencial. Ainda não se sabe a causa do acidente.

* Com informações de G1 e Diário do Nordeste

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