EM SÃO JOSÉ

‘O Didi não é meu amigo. Ele é meu irmão’, diz Dedé em São José

Por Leandro Vaz | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Da redação
Divulgação
Dedé durante entrevista na Record, em São José dos Campos
Dedé durante entrevista na Record, em São José dos Campos

Um dos comediantes mais famosos e carismáticos do Brasil está em São José dos Campos. Dedé Santana, que fez parte durante décadas da trupe Os Trapalhões, ao lado de Didi, Zacarias e Mussum, desembarcou na cidade para uma temporada em um circo. O Abracadabra terá temporada na cidade e estreia no próximo dia 10 de agosto, em frente ao Hospital Vivalle.

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Cumprindo uma extensa agenda de entrevistas em TVs, rádios e portais de internet, Dedé, 88 anos, falou sobre o espetáculo ao programa Balanço Geral, da Record. “Eu nasci no circo, eu cresci no circo. Eu tenho um orgulho de estar nessa família Abracadabra. Esse é sem dúvida o melhor circo do Brasil. É uma proposta nova, balé, tem cantores, os números são escolhidos a dedo, é uma mistura, é uma história e eu estou no meio dessa história”, disse ele.

O terno trapalhão comentou que apresenta em todas as sessões do circo. “Me apresento em todas as sessões, cantando, pulando... Faço a festa”, disse.

No alto dos 88 anos, esbanjando vitalidade e humildade, comentou sobre esse momento no circo. “EU noto que as pessoas mais velhas estão indo me ver. Toda vez que eu entro eu me emociono. Eu me emociono demais. Eu vejo essas pessoas me vendo, chorando quando me vê, disse.

Sem deixar a história de lado, que fez parte de várias gerações, Dedé não esquece de onde veio. “Gente que assistia em tv com bateria, andava cinco quilômetros pra nos ver. É muito gratificantes”, comentou. “Nunca me senti famoso, nem celebridade, sempre conhecido”, disse.

Sua ligação com os Trapalhões marcou toda a trajetória. O grupo ainda é detentor das maiores bilheterias do cinema nacional. Também mantém um legado de programas originais e fãs espalhados de norte a sul do país. Mussum, era o mais próximo, diz.  “Ele não saia da minha casa. Ele morava a um quarteirão da minha. Um dia, nós trocamos de casa, e eu cheguei na casa dele, estava tudo arrumadinho. Ele chegou na minha, toda bagunçada. Ele tinha dessas coisas”.

Após o fim dos Trapalhões, a relação com Didi, o mais famoso do grupo, sempre foi colada em dúvida. “O Didi não é meu amigo, não é meu colega. Ele é meu irmão. É como se ele fosse da minha família. Ele era a cabeça pensante do grupo”, disse Dedé.

No circo Abracadabra, Dedé pode mostrar tudo aquilo que o fez como profissional. Mas atual situação da comédia nacional, o preocupa. “O politicamente correto amordaçou os comediantes. Agora eles apelaram para o palavrão, eu não gosto muito. O Abracadabra é o circo da família”, afirmou.

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