"Musa do Tigrinho", a influencer Larissa Rozendo, 20 anos, de São José dos Campos, mantém a divulgação de sites de jogos on-line, mesmo após ter sido alvo de uma operação da Polícia Civil. Em seu perfil reserva no Instagram, com 45 mil seguidores, a influenciadora segue mostrando uma rotina de luxo, com viagens, uma rotina de compras e cuidados com a beleza, além de dicas de jogos.
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Ela é investigada por lavagem de dinheiro e crimes contra o consumidor, contra a relação de consumo, contra a economia popular e contravenção penal, por divulgar em suas redes sociais jogos de azar, como o "Jogo do Tigrinho" -- espécie de cassino on-line. Larissa, que teve o perfil com 340 mil seguidores tirado do ar, foi alvo da "Operação Ludus" (jogo, em latim), deflagrada pelo Deic (Departamento de Investigações Criminais) de São Paulo, em 17 de junho.
Mesmo após a operação, ela segue incentivando os seguidores a fazerem apostas on-line, justificando que as plataformas são 100% legalizadas. Após a operação, a jovem criou um perfil reserva no Instagram e afirma que "vai voltar mais forte".
Recentemente, a Justiça determinou o bloqueio das contas das empresas que fizeram os pagamentos que ‘enriqueceram’ a influenciadora de São José. A decisão é do Tribunal de Justiça.
Na operação, a mansão de Larissa, no Urbanova, foi alvo da polícia. O imóvel custou mais de R$ 2 milhões. Nas redes, a influencer posta fotos e vídeos de carros importados, passeios de jet ski, roupas de grife e viagens a cenários paradisíacos -- a ostentação atraiu a suspeita da polícia, que destaca que Larissa não tem um trabalho compatível com esse volume de dinheiro. Além dela, outros influencers são investigados.
Contas.
De acordo com a investigação a Polícia Civil, Larissa Rozendo, 20 anos, teria comprado bens e vivido uma vida de luxo nos últimos meses com a divulgação de jogos de azar, principalmente o famoso ‘jogo do Tigrinho’. Larissa teria obtido vultuosas quantias e ‘alcançou ascensão patrimonial meteórica, adquirindo carros de luxo, motoaquática, e casa avaliada em R$ 2 milhões’, diz a investigação.
A 3ª Delegacia de Investigações sobre Fraudes Financeiras e Econômicas fez uma representação pedindo a quebra de sigilo bancário de empresas, bloqueio de contas bancárias e bloqueios de sites de jogos.
“Segundo o apurado, após o cumprimento do mandado de busca e apreensão domiciliar expedido por este juízo, os investigadores localizaram na casa da investigada um extrato bancário no período de 03 de janeiro a 23 de março de 2024, com saldo final de R$ 335.112,00”, diz a solicitação do Ministério Público.
“Os investigadores apuraram, então, que no referido período, a conta mantida pela referida empresa recebeu vultuosas quantias das seguintes pessoas jurídicas: X.Hao Ltda., VMOR Comercial Ltda., YCFSHOP Tecnologia em Ecommerce Ltda., Cash Pay Meios de Pagamento Ltda. e Golden Cat Processamento de Pagamento Ltda”, completou o MP.
A Justiça acatou a solicitação parcialmente, determinando a quebra do sigilo bancário e o bloqueio das contas de cinco empresas que teriam feito pagamentos para a influenciadora. A decisão para bloquear os sites foi negada pela Justiça.