MORTANDADE

Prefeitura vai contratar empresa para recolher peixes do Tanquã

Por Da Redação |
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Will Baldine/JP
Centenas de milhares de peixes mortos boiando no Tanquã: tragédia ambiental
Centenas de milhares de peixes mortos boiando no Tanquã: tragédia ambiental

A Prefeitura de Piracicaba informa que realizará a recolha dos peixes mortos da região do Tanquã, por meio de contrato emergencial com empresa especializada. Os trabalhos serão iniciados nos próximos dias a fim de diminuir os possíveis danos ambientais.

O governo tem acompanhado a mortandade de peixes, iniciada no dia 7 de julho. Na ocasião, o Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) identificou alterações na oxigenação das águas do rio Piracicaba, às 4h, e agravamento às 6h, por meio da estação de monitoramento da autarquia. Na sequência, ainda na manhã daquele domingo, a Simap (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Meio Ambiente) constatou irregularidades nas águas, quando os peixes começaram a aparecer.

"Em conjunto com o Semae e Pelotão Ambiental da Guarda Civil Metropolitana, a pasta acionou a Cetesb de imediato. A companhia, então, elaborou laudo preliminar, por meio de amostras das águas, que identificou o descarte irregular de resíduos industriais no ribeirão Tijuco Preto, que deságua no rio Piracicaba. O ponto de descarte foi identificado pela Cetesb, sendo originário da Usina São José, instalada no município de Rio das Pedras", diz nota.

Na última quinta-feira (11), força-tarefa criada pela Prefeitura para limpeza do rio Piracicaba recolheu 2,97 toneladas de peixes mortos na área urbana do município. A equipe de trabalho foi composta pelas secretarias de Governo (Semgov), de Infraestrutura e Meio Ambiente (Simap) e de Obras e Zeladoria (Semozel), Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto), Defesa Civil, Polícia Militar Ambiental, Agência PCJ, Fundação Florestal, Associação Amoporto, Instituto Beira Rio e Associação Remo Piracicaba.

Os peixes mortos foram encaminhados para a terceirizada responsável, a Piracicaba Ambiental, que fez o descarte correto, de modo a não permitir contaminação do solo ou da água. Além disso, a Prefeitura também acionou o Ministério Público para que notifique a Prefeitura de Rio das Pedras, onde a usina está localizada. O prefeito Luciano Almeida, que atualmente é também presidente dos Comitês PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), solicitou à Cetesb, por meio de ofício no dia 11/07, autorização para instalação de três novas estações de monitoramento, sendo nos rios Atibaia e Jaguari e no ribeirão Tijuco Preto.

Após a emissão do laudo final pela Cetesb, que deve ocorrer nos próximos dias, ficarão determinadas as punições cabíveis à usina responsável, que incluem multa gravíssima e encaminhamento para apuração de crime ambiental, além de ajustes de conduta por parte da empresa. O valor da multa, segundo a Cetesb, pode variar de R$ 500 e R$ 50 milhões. A Prefeitura continua monitorando a qualidade da água do rio e também pretende exigir do responsável o repovoamento, com a soltura de alevinos.

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