Um pai foi preso após ser filmado abusando da própria filha, que estava internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de um hospital em São Paulo. A equipe de enfermagem gravou um vídeo que mostrava o criminoso com a mão dentro do avental da vítima, tocando seus seios, pernas e outras partes do corpo. A vítima, uma adolescente de 17 anos, estava no leito da UTI com uma traqueostomia, o que tornou o caso enquadrado como estupro de vulnerável.
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A polícia ouviu sete funcionários do hospital como testemunhas. Durante a noite, na presença do pai, os sinais vitais e o comportamento da paciente mudavam, e o pai insistia para que a menina saísse da UTI para ter mais privacidade com ele. Além disso, a equipe observou que o pai fechava a cortina do leito em diversas ocasiões. Uma testemunha relatou que, após a filmagem, percebeu que a adolescente estava agitada ao trocar a fralda e apresentava vermelhidão e fissuras nas partes íntimas.
A delegada Kelly Cristina Sacchetto confirmou que o exame de corpo de delito comprovou o abuso sexual e as lesões causadas por ele. Além do vídeo gravado pela equipe de enfermagem, a polícia também investigou outros aspectos do caso. Durante o interrogatório, o pai alegou que estava apenas cuidando da filha e que não tinha intenção de abusar sexualmente dela. No entanto, as evidências coletadas, incluindo o exame de corpo de delito, contradizem essa versão.
A delegada Kelly Cristina Sacchetto ressaltou que o estupro de vulnerável é um crime grave e que a vítima, por estar internada e com traqueostomia, estava em uma situação de extrema vulnerabilidade. A equipe de enfermagem, ao perceber os sinais suspeitos, agiu corretamente ao denunciar o caso e proteger a adolescente. O pai foi preso preventivamente e aguarda julgamento.