DISQUE DENÚNCIA

Caso Júlia: Veja quem é a jovem suspeita de matar namorado

Por Marcelo Rocha | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Foto: Reprodução
Imagens do circuito interno mostram últimos momentos de empresário com a namorada, principal suspeita do crime
Imagens do circuito interno mostram últimos momentos de empresário com a namorada, principal suspeita do crime

O Disque Denúncia divulgou, na noite desta quarta-feira (29), um cartaz para auxiliar a 25ª DP (Engenho Novo) na localização de Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, suspeita de matar o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, de 44 anos, no Engenho Novo, Zona Norte do Rio.

Clique aqui para fazer parte da comunidade de OVALE no WhatsApp e receber notícias em primeira mão. E clique aqui para participar também do canal de OVALE no WhatsApp

O corpo do empresário foi encontrado em avançado estado de decomposição dentro de seu apartamento no dia 20 deste mês. Júlia é suspeita de ter envenenado o empresário com um doce e dopado com remédios controlados. Contra ela, há um mandado de prisão temporária por homicídio qualificado, e ela já é considerada foragida.

Imagens serão usadas na investigação

Imagens do circuito interno revelaram os últimos momentos do empresário com sua namorada, Júlia Andrade Cathermol Pimenta. As gravações mostram o casal no elevador do edifício onde residiam, com Luiz Marcelo carregando um prato e Júlia oferecendo uma cerveja, antes de se beijarem. Minutos depois, Luiz Marcelo demonstra sinais de mal-estar, apoiando-se no espelho do elevador e tossindo sem parar. O corpo de Luiz Marcelo foi encontrado três dias após esses eventos, quando os vizinhos sentiram um forte odor vindo do apartamento.

O que apontam as investigações?

As investigações revelaram uma série de atividades suspeitas de Júlia nos dias seguintes à morte de Luiz Marcelo. Imagens de câmeras de segurança mostram Júlia colocando itens no porta-malas do carro da vítima e deixando o prédio no sábado após a morte. No domingo, ela é vista na academia do prédio e posteriormente na portaria, carregando uma mala e duas bolsas.

Suspeita

A polícia acredita que Júlia conviveu com o cadáver durante todo o fim de semana. Em depoimento, ela alegou que Luiz serviu seu café da manhã na segunda-feira de manhã, o que foi contradito pela necropsia. Ela chegou a prestar depoimento, mas não foi presa e agora é considerada foragida. "É um caso aberrante porque evidencia extrema frieza. Ela teria permanecido no interior do apartamento da vítima, com o cadáver, por cerca de 3, 4 dias", disse o delegado Marcos Buss, da 25ª DP (Engenho Novo).

Mais suspeitos

Além de Júlia, Suyane Breschak é apontada como cúmplice no crime. Suyane foi presa e transferida para o Rio de Janeiro, onde alega ser inocente. As investigações continuam, com a polícia considerando o caso como um crime premeditado.

De acordo com o laudo cadavérico, Luiz foi morto três ou seis dias antes do corpo ser localizado. A última vez que ele foi visto foi no dia 17 deste mês, na companhia de Júlia. Segundo as investigações, Júlia dormiu ao lado do cadáver durante o fim de semana e fugiu do apartamento na segunda-feira (20), levando pertences e o carro do empresário.

Os agentes apuraram que Júlia, com a ajuda de Suyane Breschak, se desfez dos bens do namorado, inclusive do carro, que foi vendido por R$ 75 mil. O homem encontrado com o carro apresentou um documento escrito à mão, que ele disse ter sido assinado pela vítima, transferindo o veículo. Com ele, foram encontrados o celular e o computador de Luiz Marcelo. Ele foi preso por receptação.

Os agentes chegaram até Suyane, que afirmou que Júlia tinha uma dívida de cerca de R$ 600 mil com ela. Júlia seria garota de programa e mantinha um relacionamento com outro homem, além do empresário. No dia do crime, ela teria oferecido a Luiz Marcelo um brigadeirão envenenado.

Suspeita dormiu ao lado do cadáver e prestou depoimento

Durante a investigação, várias testemunhas prestaram depoimento. Júlia foi ouvida na delegacia, onde demonstrou frieza e afirmou não ter conhecimento da morte de Luiz Marcelo. Segundo ela, a vítima teria aberto uma conta conjunta nos nomes dos dois. Imagens mostraram Júlia indo ao condomínio buscar o cartão da conta, enquanto Luiz Marcelo já estava morto.

Qualquer informação sobre o paradeiro de Júlia pode ser enviada, de forma anônima, ao Disque Denúncia através da central de atendimento (021) 2253-1177, WhatsApp (021) 2253-1177 ou aplicativo Disque Denúncia RJ.

Comentários

Comentários