O comportamento do padre Ricardo Pinheiro da Silva Schueller durante o batismo de uma bebê de um ano deixou a família indignada. O incidente ocorreu no sábado (25), na Paróquia de São Sebastião de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, e foi registrado em vídeo, causando grande repercussão nas redes sociais.
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Durante a cerimônia, o padre foi filmado puxando a cabeça da bebê Jhullie em direção à pia batismal de forma brusca para concluir o ritual, enquanto a criança chorava no colo da mãe, Juliane. As imagens mostram o momento em que a mãe, ao se afastar levemente da pia, tem a filha puxada pelo padre.
“Estamos revoltados, nos sentindo impotentes. Não entendemos como alguém que deveria ser o representante da palavra pode agir assim com um ser tão inocente. Quero justiça! Isso não pode ficar impune”, disse Juliane, visivelmente abalada.
Após o ocorrido, o padre postou um pedido de perdão nas redes sociais da paróquia.
“Caríssimos irmãos! Movido pelo espírito de Concórdia e de paz, quero pedir perdão a todos os que se sentiram entristecidos por minha atitude no dia de ontem, 25/05, na paróquia de São Sebastião. Reconheço minha falta de caridade com a família, a criança e os convidados. Ao término do batismo, a família entrou em contato comigo na sacristia. Pude pedir perdão pelo ocorrido, embora não tenha sido intencional. Dom Luiz, nosso bispo, conversou comigo e passou suas orientações e correções. Conto com a compreensão e orações de todos! A vida é um aprendizado e em todas as ocasiões Deus quer nos santificar e nos purificar. O zelo pelos sacramentos deve estar acompanhado pelo espírito da caridade fraterna e solidária. Que Deus nos abençoe! Pe. Ricardo Pinheiro da Silva Schueller, administrador paroquial".
A mãe explicou que a bebê estava desconfortável devido a uma doença, o que fez com que ela reclamasse durante o rito. Mesmo constrangida, a família atendeu ao pedido do padre para tirar uma foto após o batismo.
Symone, tia da bebê, também expressou sua indignação com a atitude do religioso. "Nos sentimos péssimos e estamos revoltados com essa atrocidade. Naquele momento, não tivemos atitude para tomar providências e contê-lo, até porque outras crianças estavam sendo batizadas com carinho e paciência, totalmente diferente do batismo da nossa pequena Jhullie."
O vídeo, registrado por uma madrinha da criança, foi compartilhado pela família nas redes sociais com o intuito de evitar que outras crianças passem pela mesma situação. “Ele acabou com nosso dia. Mas Deus é tão bom que o vídeo teve milhares de visualizações, e todo esse apoio nas redes sociais vai ajudar para que a justiça seja feita”, comentou Symone.
Juliane também falou sobre a repercussão do vídeo. “Essa exposição está sendo difícil para mim, mas era necessária para que atitudes fossem tomadas.”
A diocese de Nova Friburgo afirmou que "as autoridades diocesanas estão a par da situação e tomando as devidas providências".
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