PERSEGUIÇÃO

Mil mensagens, 500 ligações: modelo 'stalkeou' médico por 5 anos

Por | da Redação
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Reprodução/Instagram
As perseguições começaram há cinco anos, após Kwara ser atendida pelo médico e afirmar estar apaixonada por ele.
As perseguições começaram há cinco anos, após Kwara ser atendida pelo médico e afirmar estar apaixonada por ele.

Desde 2019, um médico de 47 anos e sua família registraram 42 boletins de ocorrência contra Kwara Welch, uma mulher de 23 anos que o perseguiu durante cinco anos. Ela foi presa por "stalking" em 8 de maio, numa universidade em Uberlândia, Minas Gerais, onde cursava nutrição.

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"Stalking" é o termo em inglês que define a prática de perseguir alguém fisicamente ou virtualmente. Segundo a vítima, Kwara chegou a ligar 500 vezes e enviar mais de mil mensagens de texto num único dia.

As ocorrências registradas incluem crimes como perseguição, denunciação caluniosa, ameaça, perturbação do sossego, lesão corporal, extorsão e furto. O caso foi divulgado no Fantástico do último domingo (19).

Kwara agrediu a esposa do médico e furtou seu celular e a chave do carro na porta da clínica do profissional. A família já tinha medida protetiva contra ela, que deveria manter 200m de distância do casal.

As perseguições começaram há cinco anos, após Kwara ser atendida pelo médico e afirmar estar apaixonada por ele. Depois de ser retirada da lista de pacientes, as ameaças se intensificaram, afetando até mesmo a mulher e o filho do médico.

Presa
Antes da prisão em 8 de maio, Kwara já havia sido detida duas vezes por ameaça, extorsão e furto, mas foi posta em liberdade, com medidas cautelares, que ela descumpriu, de modo que teve prisão decretada novamente. Com isso, a suspeita estava foragida desde março de 2023.

Segundo a Polícia Civil, a mulher foi presa com mandado de prisão preventiva, expedido pela Justiça mineira.

Como identificar o stalking e o que fazer 
- Se perceber que teve a liberdade coagida ou foi constrangido de alguma forma, ainda que psicologicamente, “ligue o alerta” e entenda que aquela conduta está errada;

- O agressor ou agressora pode mandar flores ou presentes, o que soa como delicadeza, mas, na verdade, é ameaça e invasão de intimidade;

- Fique atento ao que acontece ao seu redor e avise aos amigos e parentes se alguma situação anormal acontecer;

- Desconfie de qualquer situação que não seja agradável, física ou psicologicamente. Reporte o fato a alguém superior do trabalho, ao porteiro do prédio ou outro responsável pelo local onde você estiver;

- Evite andar sozinha(o) se estiver em situação de medo;

- Denuncie às autoridades competentes.

Como denunciar
Para a Polícia Militar: registrar boletim de ocorrência e, dependendo da situação, ligar para o 190 e acionar a viatura, em caso de risco imediato.

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