ANTONIA MARIA

Cirurgia robótica: alívio e segurança pela rapidez, assertividade e qualidade de vida

Beatriz, com seis meses, teve um rim extraído e 12 horas depois estava totalmente restabelecida, sorrindo, brincando, engatinhando e sem dor

Por Antonia Maria Zogaeb | 28/03/2024 | Tempo de leitura: 3 min
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Divulgação

Cirurgião robótico pediátrico Rodrigo Garcia
Cirurgião robótico pediátrico Rodrigo Garcia

Já imaginou descobrir durante o ultrasson que o seu bebê tem uma má formação no rim? O casal Daiane Thaize e Luiz Ricardo Vieira recebeu essa notícia em 2023 aos quatro meses de gestação. Hoje, a preocupação deu lugar ao alívio e à gratidão! Depois da retirada do rim direito por meio de cirurgia robótica, Beatriz é uma bebê saudável e inexiste  qualquer problema em relação à remoção do órgão.

“De todas as alternativas para extração do rim, preferimos a cirurgia robótica pela segurança no procedimento e pela rapidez da recuperação. Realmente é uma cirurgia maravilhosa, que praticamente não deixará cicatriz, não sangrou, os pontos saem sozinhos e, menos de 12 horas depois que saiu da sala cirúrgica, Beatriz já estava engatinhando, sorrindo e se virando toda. Não precisei medicar porque ela não sentiu dor e não chorou por desconforto em momento algum. Ver seu bebê feliz e restabelecido em 100% assim em tão pouco tempo parece até milagre e isso não tem preço! Eu faria tudo igual novamente”, conta Daiane emocionada.

O cirurgião robótico pediátrico Rodrigo Garcia foi quem conduziu o procedimento, no Vera Cruz Hospital, em Campinas. A bebê é a menor paciente operada por robótica em toda a Região Metropolitana de Campinas. Na ocasião, tinha apenas 7,5kg, sendo essa realização um feito inédito.

Dr. Garcia explica que Beatriz apresentou displasia no rim direito, uma má formação chamada também de rim multicístico displásico, a qual atrofia o órgão, fazendo com que ele não funcione. A família decidiu pela extração para que o órgão não causasse infecções. 

Segundo o cirurgião pediátrico, foram três incisões de 8 mm e uma de 2 cm para retirada do rim. “Somente a cirurgia robótica permite cortes de tamanhos tão ínfimos, o que torna o processo minimamente invasivo, fazendo toda a diferença para a alta precoce do paciente”, enfatiza.

De acordo com Dr. Garcia, que é especialista também em outras técnicas cirúrgicas pediátricas pouco invasivas, os procedimentos robóticos são inovações que imaginávamos ver somente num futuro distante, mas que já ocorrem no presente. “Com a implantação do 5G em todo o Brasil em breve, será possível operar à distância. Lugares remotos e de acesso difícil não serão mais obstáculos para o restabelecimento da saúde dos pacientes. Nós médicos não vemos a hora disso acontecer”, destaca. 

Sobre o Dr. Rodrigo Garcia

Graduado na Faculdade de Medicina de Jundiaí, fez residência médica em Cirurgia Geral na Santa Casa de Misericórdia de Campinas e em seguida especializou-se em Cirurgia Pediátrica pela PUC-Campinas. Atuou como cirurgião em quase todos os hospitais de Campinas. Primeiro médico cirurgião habilitado em Cirurgia minimamente invasiva, com ênfase em cirurgia robótica e cirurgia robótica pediátrica no interior do Estado de São Paulo; tem habilitação também em cirurgia laparoscópica pediátrica. Atua ainda em cirurgias do aparelho digestivo, do aparelho urinário, do tórax, cirurgias ambulatoriais e no serviço de cirurgia de urgência pediátrica. É integrante do grupo MiniPed, formato por médicos cirurgiões que realizam procedimentos minimamente invasivos. Mestre em Ciências da Saúde pela PUC-Campinas. É preceptor do programa de Residência Médica de Cirurgia Pediátrica do Hospital da PUC Campinas; foi coordenador do Serviço de Cirurgia Pediátrica do Vera Cruz Hospital por oito anos e é membro da Comissão de Ética Médica do Vera Cruz Hospital. É membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica e também membro da Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica.

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