O QUE O VALE PENSA

Explosão no número de casos de dengue

RMVale vê número de casos da doença explodir em 2024, mas segue de fora do mapa da vacina do governo federal

Por OVALE | 03/02/2024 | Tempo de leitura: 2 min
São José dos Campos

Divulgação/PMSJC

Parece até notícia velha. Não é, infelizmente.

Nas seis maiores cidades da RMVale, o número de casos de dengue aumentou 4.567% em janeiro deste ano comparado a igual período do ano passado, saltando de 92 para 4.294 diagnosticados.

A situação é mais grave em Jacareí, que teve 1.540 casos confirmados de dengue em janeiro desse ano, ante 12 no mesmo mês do ano passado. Essa explosão de registros da doença fez a cidade decretar estado de emergência e alerta epidemiológico.

Na sequência, nessa triste lista, aparecem Pindamonhangaba (1.338 casos), Taubaté (556), São José dos Campos (535), Guaratinguetá (239) e Caraguatatuba (86). Todas as cidades tiveram alta nos casos na comparação com 2023.

Para piorar, a doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti matou quatro pessoas esse ano na região, sendo duas em Jacareí e duas em Pindamonhangaba. No ano passado, não houve óbito no período.

Para efeito de comparação, a RMVale, que tem 39 municípios, acumula mais da metade das mortes confirmadas em todo o estado de São Paulo, composto por 645 cidades. Fora daqui, foram três óbitos, sendo dois em Bebedouro e um em Dois Córregos.

Esses números elevados não foram suficientes para colocar o Vale do Paraíba no mapa da vacina do Ministério da Saúde, que vai enviar doses para apenas 11 municípios paulistas, todos da região do Alto Tietê, para a imunização que começa em fevereiro, somente para a faixa etária de 10 a 14 anos. E não faltou apelo por aqui. Jacareí, por exemplo, enviou ofício ao governo federal para pedir a inclusão da cidade na campanha.

Com ou sem imunização, o combate à dengue é um dever de todos na região. Do poder público, que tem a tarefa de promover campanhas de conscientização, de reforçar a fiscalização em imóveis que podem servir de criadouro para o mosquito e de manter a limpeza de áreas públicas.

E também é um dever dos moradores. Ninguém pode alegar, em 2024, desconhecimento sobre as práticas que devem ser evitadas em cada casa, como deixar acumular água em recipientes, não tampar caixas d’água ou impedir a entrada de agentes de saúde.

Essa é uma guerra que depende de todos nós.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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