OPINIÃO

Ondas de calor em regiões de São José

Por Humberto Dal Bello | professor
| Tempo de leitura: 1 min

Muito oportunas as reportagens publicadas pelo semanário OVALE, a respeito das ondas de calor em algumas regiões de São José dos Campos. Como sabemos, deter o aumento da temperatura média é um dos maiores desafios que se apresentam a toda a humanidade. Como também sabemos, as consequências desse aumento podem ser catastróficas. 

No entanto, os dados que OVALE apresenta, relativos a São José dos Campos, mostram, no mínimo, que as administrações passadas, assim como a presente, não têm, de maneira alguma, tratado como prioritário o plantio de árvores, que, como também sabemos, é uma dos recursos de que dispomos para mitigar o aumento de temperatura. E o descaso se mostra até mesmo nas regiões em que temos ilhas de calor: segundo OVALE (9 a 15 de dezembro de 2023), a meta é plantar 19.900 mudas de árvores na zona sul, mas foram plantadas somente 1.856, desde 2016. Ou seja: se calcularmos a média de mudas plantadas, ao longo dos sete anos passados, teremos 7, 24 mudas por dia. Quanto à zona leste: meta de 10.800 árvores, mas 872 plantadas. Ou seja: média de 0,49 mudas por dia: menos de uma por dia. Isso se nos basearmos em 250 dias úteis por ano, mas, ainda que nos baseemos em 200 dias úteis por ano, a média continuará ridícula. 

Faltam recursos financeiros? Creio que não: uma cidade que constrói uma ponte estaiada, uma via Cambuí, uma cidade que reforma a rua 15 de Novembro, como foi reformada, que restaura o asfalto de quase todo o centro urbano tem dinheiro para plantar muito mais de 50.400 árvores, que, segundo OVALE é a meta estabelecida em 2016. (OVALE, 9 a 15 de dezembro).

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