SÃO JOSÉ

Caso Fox: um mês depois, família teve que se mudar e dono de bull terrier segue foragido

Por Da Redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução
Drama de Fox comoveu o país
Drama de Fox comoveu o país

Um mês após o ataque ao Fox, a tutora Sofia Albuquerque, de 24 anos, desabafou nas redes sociais sobre os desafios que a família tem enfrentado. Fox morreu no dia 25 de outubro, por complicações sofridas após o ataque de um bull terrier, em São José dos Campos.

Faça parte do canal de OVALE no WhatsApp e receba as principais notícias da região! Acesse: https://whatsapp.com/channel/0029VaDQJAL4tRs1UpjkOI1l

Em um dos vídeos publicado nas redes sociais, Sofia esclareceu dúvidas sobre a vaquinha on-line realizada para ajudar no tratamento de Fox que ficou 16 dias internado em São Paulo e contou que a família precisou se mudar após sofrer ameaças do tutor do bull terrier, Umberto Vieira Ghilarducci, que ainda está foragido.

“A nossa vaquinha arrecadou R$52 mil, tirando as taxas do site nós recebemos R$47 mil e os gastos direto com o Fox foram R$36 mil, além disso, tivemos muitos gastos para nos mudarmos às pressas, pois éramos vizinhos do autor e estávamos sendo ameaçados. Não é nem um pouco barato uma família de cinco pessoas e dois cachorros, sendo um de porte grande, se mudar de uma hora para outra para um lugar de fato seguro”, comentou Sofia.

A tutora reforçou que não está bem e lembrou do projeto da Lei Fox, criado para mudar a legislação federal e punir com mais rigor quem usa cão como arma.

“Nós não ficamos 24 horas olhando comentário por comentário porque tem muita coisa acontecendo nas nossas vidas reais que são fora das redes sociais. Eu particularmente não estou bem, estou com recaída de depressão e como o Fox faleceu já vai fazer um mês não tem como a gente continuar postando na mesma frequência que postávamos antes e divulgando todo mundo que pede porque são muitas pessoas, infelizmente no Brasil hoje existem muitos maus-tratos, tanto que para o bem da nossa comunidade trouxemos a proposta da Lei Fox, que fizemos inclusive várias passeatas em prol disso”, disse em uma de suas falas.

Na última semana o abaixo-assinado para aprovação da Lei Fox alcançou mais de 200 mil assinaturas. O projeto foi protocolado pelos deputados Matheus Laiola (União Brasil), Marcelo Queiroz (PP-RJ), Fred Costa (Patriota) e Bruno Lima (Progressistas), na Câmara dos Deputados.

A proposta da Lei Fox altera o artigo 32 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, para aumentar a pena em caso de maus-tratos a animais e a multa para os tutores que andarem com animais potencialmente perigosos sem proteção.

Também proíbe a posse de animais considerados ferozes por condenados pela Lei Maria da Penha. A pena proposta é de reclusão de dois a oito anos, em regime fechado, além de multa de R$ 1.000.

Além disso, o texto altera o artigo 147-A do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para instituir o regime fechado para quem utilizar animal como ameaça ou arma a outra pessoa ou animal.

FORAGIDO 

Umberto Vieira Ghilarducci, 43 anos, teve a prisão preventiva decretada no dia 27 de outubro. Em sua defesa, Umberto admite o ataque, mas nega que tenha atiçado o animal para atacar Fox. Ele segue foragido e a polícia pede ajuda para descobrir seu paradeiro.

Aqueles que tiverem informações sobre o paradeiro dele devem ligar para o 181, acessar o web denúncia ou entrar em contato pelo WhatsApp do 7º Distrito Policial (12) 3916-5529. Não é necessário identificar-se para fazer a denúncia.

Comentários

1 Comentários

  • Solange Santos Rosa 28/11/2023
    Lamentável toda essa situação. O único ponto positivo é a mudança na lei.