JUSTIÇA

Preso no CDP Guarulhos, ‘Matador da Bíblia’ tem prisão preventiva mantida pela Justiça

Por Xandu Alves | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Celso está preso na unidade 2 do CDP de Guarulhos e vai passar por exames psicológicos sobre insanidade mental
Celso está preso na unidade 2 do CDP de Guarulhos e vai passar por exames psicológicos sobre insanidade mental

Conhecido como ‘Matador da Bíblia’, Celso Ricardo de Oliveira, 45 anos, teve a prisão preventiva mantida pela Justiça em outubro.

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Ele foi preso no começo de novembro de 2022 após ataques na zona sul de São José dos Campos, que deixaram dois mortos e oito feridos.

Segurando uma Bíblia na mão e uma pistola na outra, Celso é acusado de ter matado duas pessoas e ferido outras oito em São José. Um adolescente de 16 anos e um homem de 47 anos morreram nos ataques do matador.

Celso está preso na unidade 2 do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Guarulhos e vai passar por exames psicológicos sobre insanidade mental, que serão enviados à Polícia Civil e ao Ministério Público.

O laudo é de responsabilidade do Imesc (Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo), autarquia ligada à Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania. Procurado, o órgão disse que laudos são "documentos sigilosos" e que "não está autorizado a se manifestar sobre os laudos periciais".

Em ação penal sobre latrocínio (roubo seguido de morte), Celso teve a prisão preventiva mantida pela Justiça. A decisão é de 17 de outubro. Ele também responde a processo por homicídio qualificado.

DOENÇA MENTAL

Familiares do acusado disseram à polícia que ele possui transtornos psiquiátricos, mais especificamente esquizofrenia paranoide.

Laudo médico de 2020 apontou “evolução grave de doença” em Celso, com “grande resistência à medicação” e “inquietação e impulsos agressivos violentos”, com “risco de morte iminente”.

O laudo dizia que ele necessitava de “cuidados especiais permanentes de segurança e medicamentos”. O prognóstico era de “caminhante para sombrio”.

Ele utilizava uma carteira de identificação falsa de Polícia Militar e trabalhava como segurança de forma clandestina, portando arma de forma ilegal.

Para a polícia, se Celso não fosse preso, ele iria continuar matando em São José, tese confirmada por áudios do matador descobertos pela polícia, aos quais OVALE teve acesso. Neles, Celso dizia que pretendia “matar seis” na região sul de São José e que “vai morrer uns 15” no Campo dos Alemães. Ele se dizia “justiceiro”.

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