O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) negou recurso da montadora General Motors, nesta sexta-feira (3), e manteve a decisão que cancela as 839 demissões feitas na fábrica de São José dos Campos. A GM terá que reintegrar os demitidos.
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A decisão é do desembargador João Alberto Alves Machado, em resposta a um recurso impetrado pela montadora.
Em liminar concedida na última terça-feira (31), em ação movida pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, o TRT determinou que a GM reintegre todos os trabalhadores demitidos.
A decisão também proíbe a GM de fazer novas demissões e a obriga a manter todos os direitos e condições de trabalho contratuais vigentes antes dos cortes.
“Esta foi uma grande vitória da luta dos metalúrgicos, mas nossa luta não acaba aqui. A GM continuará tentando implementar seu plano de reestruturação nas fábricas, o que implica continuidade das demissões”, disse o presidente do sindicato, Weller Gonçalves.
Após a decisão, os trabalhadores participaram de uma assembleia na quarta-feira e decidiram manter a greve até que a montadora cumpra a determinação.
A paralisação começou após o anúncio das demissões, em 21 de outubro, e atinge as três fábricas da GM no estado de São Paulo: São José, Mogi das Cruzes e São Caetano do Sul. Foram demitidos 839 em São José, 300 em São Caetano e 105 em Mogi das Cruzes.
Em nota, a GM justificou as demissões por conta de queda nas vendas e nas exportações, para “adequar seu quadro de empregados nas fábricas”.
"Esta medida foi tomada após várias tentativas atendendo as necessidades de cada fábrica como, lay off, férias coletivas, days off e proposta de um programa de desligamento voluntário. Entendemos o impacto que esta decisão pode provocar na vida das pessoas, mas a adequação é necessária e permitirá que a companhia mantenha a agilidade de suas operações, garantindo a sustentabilidade para o futuro", afirmou a montadora.