CRIME

Com laudo de insanidade, ‘Matador da Bíblia’ pode ser levado para hospital de custódia

Por Xandu Alves | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Celso Oliveira, o ‘Matador da Bíblia’
Celso Oliveira, o ‘Matador da Bíblia’

Celso Oliveira, 44 anos, o ‘Matador da Bíblia’, pode ser transferido para um hospital de custódia para atendimento psiquiátrico caso seu laudo aponte insanidade mental.

Ele foi preso em novembro de 2022 após ataques na zona sul de São José dos Campos, que deixaram dois mortos e oito feridos.

A Polícia Civil de São José dos Campos ainda aguarda o resultado de um exame de insanidade mental do matador, que prometia realizar mais execuções na cidade.

A avaliação foi pedida pela polícia à Vara do Júri de São José dos Campos, que concordou com a necessidade do exame. O resultado é aguardado para a conclusão do inquérito policial.

“O Imesc (Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo) já foi intimado e estamos aguardando o retorno sobre a data para que seja feita a perícia”, disse o delegado Neimar Camargo Mendes, da Delegacia de Homicídios da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) de São José dos Campos.

BÍBLIA

Segurando uma Bíblia e uma pistola nas mãos, Celso matou duas pessoas e feriu oito em São José. Um adolescente de 16 anos e um homem de 47 anos morreram nos ataques do matador.

Celso está preso no CDP (Centro de Detenção Provisória) de São José. O laudo vai determinar se ele possui transtornos mentais capazes de causar insanidade. Os exames serão feitos no Imesc, ligado à Secretaria da Justiça e Cidadania.

Familiares de Celso disseram à polícia que ele possui transtornos psiquiátricos, mais especificamente esquizofrenia paranoide.

DOENÇA

Um laudo médico de 2020 apontou “evolução grave de doença” em Celso, com “grande resistência à medicação” e “inquietação e impulsos agressivos violentos”, com “risco de morte iminente”. O laudo dizia que ele necessitava de “cuidados especiais permanentes de segurança e medicamentos”. O prognóstico era de “caminhante para sombrio”.

Para a polícia, se Celso não fosse preso, ele iria continuar matando em São José, tese confirmada pelos áudios do matador, que utilizava uma carteira de identificação falsa de Polícia Militar e trabalhava como segurança de forma clandestina, portando arma de forma ilegal.

De acordo com áudios do matador obtidos pela polícia, aos quais OVALE teve acesso, Celso disse que pretendia “matar seis” na região sul de São José. Em outro áudio, ele fala que “vai morrer uns 15” no Campo dos Alemães. Ele se dizia “justiceiro”.

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