EVENTO

Paraibuna prepara 14º Festival Gastronômico do Cambuci com comida, eventos e formação

Programação inclui seminário, aula-show, workshops e visitas técnicas, além de gastronomia, venda de produtos e outros atrativos

Por Da redação | 07/08/2023 | Tempo de leitura: 3 min
São José dos Campos

Divulgação / Prefeitura de Paraibuna

Público no Festival Gastronômico do Cambuci no ano passado
Público no Festival Gastronômico do Cambuci no ano passado

A cadeia de valor das frutas nativas da Mata Atlântica é o principal tema do 14º Festival Gastronômico do Cambuci e outras frutas nativas, que acontece em Paraibuna, na praça da Matriz, entre 17 e 20 de agosto.

Parte da Rota Gastronômica do Cambuci e juntamente com a Festa do Folclore, o evento é promovido pelo Instituto H&H Fauser, Departamento de Planejamento e Turismo e Fundação Cultural Benedicto Siqueira e Silva, com apoio da Atlas Florestal, The Nature Conservancy Brasil, Câmara Municipal e Casa da Agricultura.

Um dos destaques da programação é o Seminário “Frutas Nativas e Agrofloresta, Restauração e Geração de Renda Rumo à Soberania Alimentar”, além da venda de produtos derivados do cambuci e de outras frutas nativas, mais workshops, aulas-show e visitas técnicas.

O objetivo, segundo a presidente do Instituto H&H Fauser, Amely Fauser, é sensibilizar técnicos de prefeituras, organizações da sociedade civil e produtores rurais para a restauração produtiva em agroflorestas de frutíferas nativas da Mata Atlântica, a partir de políticas públicas ligadas ao PNAE, PSA e Compensação de Carbono.

“A ideia é debater as oportunidades e desafios que existem para que essas frutas possam se transformar numa potencial fonte de recursos, tornando-se uma cadeia de valor, ao mesmo tempo em que contribuem para a preservação ambiental e a segurança alimentar”, afirma Amely.

Além de produtores e empreendedores locais, o festival contará com participantes de outros municípios que fazem parte da Rota Gastronômica do Cambuci.

ATIVIDADES

O seminário, que acontece nos dias 18 e 19, discutirá diversos temas e contará com a mediação e participação de representantes de órgãos públicos, produtores e organizações civis.

Além das mesas-redondas, serão realizadas visitas técnicas a uma unidade demonstrativa de agrofloresta de frutíferas nativas, a uma agroindústria de processamento de frutas nativas e a uma propriedade rural, ambas em Natividade da Serra.

Para quem quer saber um pouco mais sobre o uso gastronômico das frutas serão realizados workshop, organizado pelo Senac (São José) e aula-show com o chef André Aquino, nos dias 18 e 19 respectivamente.

Com transmissão pelo Instagram da Fundação Cultural, entre os dias 15 e 18 de agosto, serão realizados também o “Dedim de Prosa de Prosa no Instagram”, com a participação de representantes da Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio, Sebrae-SP, Sítio Alto da Serra – um dos pioneiros no cultivo e processamento de cambuci, localizado em Natividade da Serra – e do chef Ronaldo Canha, destaque da gastronomia no Rio de Janeiro.



Brigadeiro de cambuci é um dos exemplos do uso gastronômico da fruta (Divulgação / Prefeitura de Paraibuna)

HISTÓRICO

O Instituto H&H Fauser iniciou o fomento às frutas nativas em 2008, quando organizou o 1º Workshop sobre Cambuci, que deu origem à Rota Gastronômica do Cambuci, que hoje envolve nove municípios, de São Paulo (bairro do Cambuci) a Natividade da Serra, nos quais a cada mês, respectivamente, são realizadas as edições do Festival Gastronômico.

Segundo alguns estudiosos, o nome kãmu-si é de origem tupi guarani e significa pote d’água por ter a fruta o formato semelhante a um vaso de cerâmica. Outros preferem a junção das palavras camb+cy, o que significa “seio de mãe”. A árvore do cambuci, que já esteve em risco de extinção, pode alcançar até oito metros de altura e produzir até 200 kg de fruta por safra.

O cambuci é rico em vitamina C e fonte de antioxidantes, importantes para o combate ao estresse, prevenção do envelhecimento e de doenças degenerativas, além de ter um potencial inibidor de enzimas relacionadas com a incidência de diabetes tipo 2.

Além do uso em receitas de sobremesas e outros pratos, também é muito utilizado na produção de licores e na cachaça.



Fruto do cambuci é próprio do bioma da Mata Atlântica, com maior incidência entre São Paulo e Natividade da Serra (Divulgação)

Receba as notícias mais relevantes de Vale Do Paraíba e região direto no seu WhatsApp
Participe da Comunidade

COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.