A capital do interior.
Com 1,13 milhão de habitantes, segundo o Censo 2022 do IBGE, Campinas é a 14ª maior cidade do Brasil, superando em população nada menos do que 16 capitais brasileiras, como São Luís (MA), Maceió (AL) e Campo Grande (MS).
É ainda a terceira mais populosa cidade do estado de São Paulo, que é o de maior população do país. Campinas é superada apenas pela capital, que tem 11,4 milhões de moradores, e Guarulhos, com seus 1,29 milhão de habitantes – 153 mil a mais do que Campinas.
Em relação ao último Censo, em 2010, a população da metrópole cresceu em 5,4%, com 58.196 habitantes a mais. Há 12 anos, eram 1,08 milhão de moradores em Campinas, segundo o IBGE.
De acordo com o levantamento, 429.384 domicílios ocupados foram recenseados em Campinas, entre 2022 e 2023, o que representa, aproximadamente, 2,76 moradores por domicílio.
O crescimento populacional veio combinado ao aumento das residências ocupadas na cidade. Em 12 anos, o número saltou de 388.262 para 429.384. Ou seja, 41.122 novos imóveis foram criados em Campinas entre 2010 e 2022.
RIQUEZA.
Do café à inteligência artificial, do vilarejo à capital do interior do Brasil na velocidade de um acelerador de partículas e com fé em Nossa Senhora da Imaculada Conceição, Campinas se tornou a cidade mais rica do interior do país, segundo o PIB (Produto Interno Bruto) divulgado pelo IBGE.
A cidade registra um PIB avaliado em R$ 65,41 bilhões, valor que considera a soma de tudo o que foi produzido no município em 2020. O PIB per capita é de R$ 53.896 e fica acima da média nacional (R$ 46,1 mil) e da estadual (R$ 52,9 mil).
Os outros dois municípios mais ricos do interior são Jundiaí (PIB é R$ 51,2 bilhões) e São José dos Campos (R$ 39,14 bilhões).
A riqueza de Campinas se divide, principalmente, em R$ 38,6 bilhões no setor de serviços, R$ 9,58 bilhões na área industrial e R$ 4,93 bilhões para administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social. A agropecuária contribuiu com R$ 165,1 milhões no PIB campineiro.
E tal riqueza não é de agora, como mostra a Fundação Seade. A taxa acumulada de crescimento do PIB da Região de Campinas cresceu 9,7% no período de 2012 a 2022, com participação fundamental da cidade de Campinas no resultado regional.
O índice supera o percentual da capital paulista, que foi de 3,7% no mesmo período, e a taxa média de crescimento do estado foi de 6,7%.
“Somos o 10º maior PIB do país no geral e estamos à frente de muitas capitais. Pelo PIB per capita entre as metrópoles, só perdemos para Brasília. Pegando o crescimento do PIB no ano passado, crescemos mais do que o estado de São Paulo e o Brasil. Estamos em uma região muito pujante”, disse Adriana Flosi, secretária de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação de Campinas.
A produção industrial de Campinas faz da cidade uma das maiores importadoras do país, com US$ 1,61 bilhão em importações neste ano, de janeiro a junho, ficando em 14º lugar no ranking nacional, que é liderado por Manaus, com US$ 6,74 bilhões. No mesmo período, a cidade exportou US$ 578,3 milhões.
“Vamos continuar crescendo, porque a estratégia da prefeitura é de tornar a cidade cada vez mais atrativa ao investidor. Temos feito um trabalho muito ofensivo em pautas de desburocratização”, afirmou Adriana Flosi.