LAYOFF

GM inicia layoff de metalúrgicos de São José nesta segunda-feira (3)

A suspensão dos contratos pode se estender por até dez meses e terá impacto no segundo turno de trabalho dos metalúrgicos

Por João Vítor Trindade | 03/07/2023 | Tempo de leitura: 2 min
São José dos Campos

Reprodução

A suspensão dos contratos não afetará o período de férias dos operários, e a GM se comprometeu a pagar o 13º salário integral
A suspensão dos contratos não afetará o período de férias dos operários, e a GM se comprometeu a pagar o 13º salário integral

Nesta segunda-feira (3), teve início o processo de layoff na fábrica da General Motors em São José dos Campos. A medida, aprovada pelos metalúrgicos em assembleia realizada no dia 27, afetará cerca de 1,2 mil trabalhadores de todos os setores da empresa. A proposta de suspensão de contrato foi apresentada pela GM no último dia 14, em decorrência da queda nas vendas de veículos.

A suspensão dos contratos pode se estender por até dez meses e terá impacto no segundo turno de trabalho dos metalúrgicos. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos levou a proposta para votação após obter a garantia de que todos os trabalhadores terão estabilidade no emprego durante o período de suspensão.

Durante as negociações, o sindicato apresentou alternativas, como a redução da jornada de trabalho sem diminuição salarial, porém, a empresa aceitou apenas garantir a estabilidade dos empregos. De acordo com o acordo firmado, os trabalhadores em layoff receberão 100% do salário líquido, sendo que uma parte será paga com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador e o restante será depositado pela GM.

Em relação ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que não será recolhido durante a suspensão dos contratos, ficou acordado que a GM pagará 8% a mais de salário como forma de compensação. Além disso, os trabalhadores em layoff não terão desconto de Imposto de Renda.

A suspensão dos contratos não afetará o período de férias dos operários, e a GM se comprometeu a pagar o 13º salário integral, assim como a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e o reajuste salarial na data-base da categoria, em 1º de setembro. Os benefícios como vale-alimentação e plano de saúde também serão mantidos.

Durante o período de layoff, os operários serão amparados pela legislação brasileira, que prevê a realização de cursos de requalificação. No caso dos metalúrgicos da GM, os cursos serão realizados online, e parte dos custos com internet será custeada pela empresa.

A fábrica da GM em São José dos Campos conta atualmente com 3.958 trabalhadores e é responsável pela produção dos modelos S10 e Trailblazer. A empresa enfrenta desafios em decorrência da redução nas vendas de veículos, o que motivou a adoção do layoff como medida para enfrentar esse cenário.

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