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EMPREGO
Carreiras da educação lideram contratações no Vale, mostra Caged; Campinas tem comércio
Perfil das carreiras que mais contrataram no Vale mostra liderança de profissionais da educação; em Campinas, comércio e indústria geram mais vagas
Por Xandu Alves | 04/06/2023 | Tempo de leitura: 4 min
São José dos Campos
Divulgação
Jovens de 18 a 24 anos, trabalhadores com o ensino médio completo e pessoas com atuação na área da educação formam os perfiis das carreiras que mais contrataram no Vale do Paraíba em 2023, no período de janeiro a abril, segundo dados o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho.
O saldo mais positivo foi para a carreira de professores leigos e de nível médio, com 2.071 empregos gerados no primeiro quadrimestre.
No total, a RMVale acumula 8.824 novos postos de trabalho abertos de janeiro a abril -- 12,62% a mais do que o mesmo período do ano passado (7.835) e melhor saldo para o mesmo período desde 2010, quando a região abriu 10 mil empregos de janeiro a abril.
Na segunda posição aparecem os profissionais do ensino, que tiveram saldo de 1.548 contratações, e no terceiro posto a carreira de produção no setor industrial, com 1.346 empregos gerados.
Completam o ‘top 5’ das profissões com os maiores saldos positivos na RMVale os escriturários (1.150 empregos) e funções transversais na indústria, como motoristas e alimentadores de produção (962).
As cinco carreiras geraram 7.077 empregos na região, equivalente a 80% do saldo total do Vale em 2023 – 8.824.
De acordo com o Caged, o ensino médio completo foi o grau de instrução que mais gerou saldo positivo de emprego no Vale, com 5.421 novos postos de trabalho. Depois aparecem o superior completo, com 2.438, e o médio incompleto, com 385 vagas.
Quanto à faixa etária, os mais contratados foram os jovens de 18 a 24 anos, com 4.611 empregos gerados de janeiro a abril, seguidos de adolescentes até 17 anos (1.334), de 30 a 39 anos (1.246) e de 40 a 49 anos (1.230).
No geral, 37 carreiras dos setores de educação, industrial, administrativo, serviços, agropecuário e ciências e artes tiveram saldo positivo de emprego na região no primeiro quadrimestre.
Outras 18 profissões perderam postos de trabalho, com destaque negativo para vendedores e prestadores de serviço do comércio (-753 postos), gerentes do setor público e privado (-361) e serviço administrativo de atendimento ao público (-245).
Segundo o economista Edson Trajano, pesquisador do Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais) e professor da Unitau (Universidade de Taubaté), o crescimento do setor da educação na geração de emprego na RMVale deu-se em função do retorno das atividades pós-pandemia.
“Muitas escolas, principalmente particulares, reduziram o quadro de funcionários durante a pandemia e retomaram a contratação”, disse.
No caso da atividade industrial, que está em baixa, Trajano explicou que se trata de um processo contínuo na região.
“A indústria reduziu bastante o volume de empregos. O setor automobilístico tem essa dificuldade e tem um peso muito significativo no Vale. Tivemos o fechamento da Ford e redução da Caoa Chery, que impactam fortemente na rede de autopeças e de fornecedores.”
Leia mais: RMVale gera 2.944 empregos em abril e tem melhor mês desde 2010, aponta Caged
CAMPINAS
A RMC (Região Metropolitana de Campinas) fechou os primeiros quatro meses do ano com 21,4 mil empregos criados, sendo que 15 mil vagas foram geradas por cinco profissões – 70,5% do saldo total.
As carreiras que mais contrataram na RMC foram as de vendedores do comércio em lojas e mercados (5.531 empregos), funções transversais na indústria (3.243), exploração agropecuária (2.307), escriturários (2.018) e indústria extrativa e da construção civil (2.014).
Ao contrário da RMVale, as funções de professor de nível médio e de profissionais do ensino foram apenas a sexta e sétima que mais geraram postos de trabalho na região de Campinas, com saldo de 1.854 e 1.648, respectivamente.
O ensino médio completo também foi o grau de instrução com mais saldo positivo na RMC, com 13,6 mil postos, depois aparecem o superior completo (2.267) e o fundamental incompleto (2.267).
Os jovens de 18 a 24 anos foram os mais contratados na RMC, com 10,4 mil empregos, seguidos dos trabalhadores entre 30 e 39 anos (3.410), os adolescentes (3.101) e os de 40 a 49 anos (2.588).
Entre todas as 45 carreiras analisadas pelo Caged na RMC, 28 encerraram o quadrimestre com saldo positivo de emprego, uma delas ficou com saldo zero (montadores de aparelhos e instrumentos de precisão e musicais) e 16 perderam vagas.
Os destaques negativos foram para serviços e vendedores (-540), gerentes do setor público e privado (-353) e profissionais de ciências exatas (-208).
SALÁRIO MÉDIO
Depois de terminar o ano de 2022 com um dos valores mais baixos dos últimos três anos, o salário médio de admissão registrou uma melhora e subiu 2,75% na comparação com o de dezembro de 2022: R$ 2.015 contra R$ 1.961, de acordo com levantamento do Caged.
Trata-se do segundo valor mais alto neste ano, atrás do salário de janeiro, de R$ 2.052. Também representou um crescimento de 1,77% na comparação com o salário médio de admissão em abril de 2022, que foi de R$ 1.980.
De acordo com economistas, o salário sofreu com a retração econômica provocada pela pandemia. No final de 2019, por exemplo, o valor beirava R$ 2.200.
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