Fim do primeiro tempo.
Cabisbaixos, jogadores e comissão técnica saem de campo rumo aos vestiários, sob o descontentamento da maioria dos torcedores presentes ao estádio Joaquim de Morais Filho, o Joaquinzão. No placar, uma goleada a favor dos adversários. No intervalo, o técnico tem um desafio: modificar os rumos da partida, deixar de tomar gols e fazer 5 ou 6 para empatar -- e quem sabe virar -- o jogo. Arrumar a casa, organizar a equipe e reagir.
Caro leitor, essa analogia futebolística pode ser utilizada para analisar o resultado do levantamento OVALE/Sampi/Ágili Pesquisas sob a ótica do governo do prefeito José Saud (MDB). Na prática, há uma diferença: o segundo tempo já começou, afinal, mais da metade do mandato se passou -- estaríamos, então, a caminho dos 15 minutos da etapa final. E como está o jogo?
Reprovado por 51,25%, o chefe do Poder Executivo de Taubaté, nos três cenários eleitorais pesquisados, aparece com, no máximo, 4,50% das intenções de voto -- lembrando que a margem de erro é de 4 pontos percentuais.
A pesquisa mostra que o cenário para Saud é desafiador: além de Ortiz Junior, ex-prefeito, estar à frente, nomes como Loreny e Capitão Souza -- secretário de segurança do próprio governo Saud -- aparecem com potencial de voto; ela foi vice em 2020 e o militar pode conseguir aglutinar o apoio bolsonarista na cidade. Aliás, além de Souza, mais dois secretários e a vice de Saud aparecem como pré-candidatos.
Diante deste quadro, com placar adverso, não resta ao governo Saud outra medida: é preciso trocar o esquema tático, mudar peças e, primeiramente, ajustar a defesa e depois reagir.
Ainda dá tempo?
É preciso fazer quatro anos em um, no esquema tático à la Juscelino Kubitschek.
Para isso, é preciso ouvir a voz das ruas, que falaram -- em alto e bom som -- na pesquisa OVALE. Com isso, é possível ajustar rotas, aprimorar as ações governamentais e se comunicar mais e melhor com a população.
O jogo? A bola já está rolando e o tempo passa...