POLÍCIA

Sindicato convoca policiais civis para debate na Alesp sobre reajuste nesta terça

Sindicato dos Delegados reforça a insatisfação de outras entidades de classequanto à diferenciação no reajuste salarial aplicada pelo Estado

Por Da redação | 08/05/2023 | Tempo de leitura: 2 min
São José dos Campos

Divulgação

Polícia Civil reivindica equiparidade ao reajuste salarial proposto pelo Estado para a Polícia Militar
Polícia Civil reivindica equiparidade ao reajuste salarial proposto pelo Estado para a Polícia Militar

O Sindpesp (Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo) convoca policiais civis para uma plenária que será realizada na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) nesta terça-feira (9), às 17h30, para tratar do reajuste salarial proposto pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para as forças de segurança.

Na oportunidade, a entidade informou que vai reiterar sua insatisfação com o Projeto de Lei Complementar elaborado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e que prevê maior correção para a Polícia Militar em detrimento da Polícia Civil.

A diferenciação veio a público no início da semana passada, quando o governo estadual protocolou o projeto na Alesp. Segundo confirmado pelo secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, delegados e demais profissionais da Polícia Civil não terão o mesmo reajuste proposto para os militares.

Enquanto o delegado terá correção entre 14% (classe especial) e 20,7% (terceira classe), e o investigador entre 16% (classe especial) e 24,6% (terceira classe), o subtenente e o soldado de segunda classe da PM receberão aumento, respectivamente, de 30,8% e de 31,6%.

A distinção ocasionou revolta entre os policiais militares, conforme aponta a presidente do Sindpesp, Jacqueline Valadares.

“Como representante legítimo dos delegados paulistas e com base em seu histórico de atuação em defesa da Polícia Civil, o Sindpesp desaprova o texto que vai tramitar na Alesp. Entendemos que não é cabível a diferenciação de correção entre as Polícias Civil e Militar. Ambas instituições merecem tratamento igualitário”, disse ela.

Segundo ela, a convocação para a plenária na Alesp é resultado da união de forças entre o Sindicato dos Delegados de Polícia, o Sindicato dos Escrivães de Polícia, o Sindicato dos Peritos Criminais e o Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo. As entidades contam com apoio do deputado estadual Paulo Reis (PT-SP), que é investigador de polícia e defende o aumento linear de 30% para a Polícia Civil.

“Esse projeto de lei, aguardado como promessa de recomposição salarial e de valorização das forças de segurança, saiu da Secretaria de Segurança Pública para as mãos do governador Tarcísio sem a oitiva prévia das entidades de classe. É um texto repleto de problemas. Além da diferenciação, o que foi proposto não tira São Paulo do ranking dos estados que pior paga o delegado de Polícia. Estamos em 22ª colocação, entre 27 estados da federação, mesmo São Paulo sendo o mais rico do Brasil”, afirmou Jacqueline.

Mato Grosso, 14º em arrecadação em 2022, com R$ 42,2 bilhões, é o que oferece melhor vencimento do país a um delegado: R$ 25.407,95. A média salarial de um delegado em São Paulo é de R$ 12 mil, enquanto a média nacional é de R$ 18 mil.


Diretores do Sindpesp em reunião com o deputado Paulo Reis

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