Contudo, o fato é que, com esse refinamento, há a possibilidade de ficar ainda mais fácil encontrar o chamado ‘par perfeito’. Inclusive, para alguns especialistas em comportamento, essa é uma tendência que veio para ficar.

O psicólogo Rafael Ribeiro, de São José dos Campos, entende que relacionar-se virtualmente é mais que uma realidade, pois, para muitas pessoas, é a única forma de se relacionar ou de se iniciar qualquer tipo de relacionamento. “Esse é o lado positivo dos apps com essa proposta, aproximar pessoas. Pessoas com gostos comuns, com ideais parecidos etc. Em um mundo pós pandemia, essa aproximação virtual é algo que já está mais que presente, está no cotidiano das pessoas”, disse

Mas, de acordo com Ribeiro, também tem o lado ruim que, segundo ele, é apenas ficar nesse mundo virtual e não vir ao real. “Com tantos apps, com tantas propostas, temo que o encontro de pessoas se torne algo banal e fútil. Focar em qual app usar acho cômodo e evita aborrecimentos, mas também fico preocupado em selecionar as pessoas por classe, por status ou por qualquer outra classificação”, disse.

Por fim, o psicólogo entende que o encontro mágico entre as pessoas tem que ocorrer, até com seus dissabores, pois isso é a vida em sociedade. “Os app como aliado ao encontro é super vindo. Quando ele toma a frente e torna as pessoas apenas bytes, ele já virou o problema. Temos que pensar no equilíbrio entre virtual e real”, finalizou.