Ouvi uma frase em um filme: “A verdade é sempre quieta, são as mentiras que gritam” (Jesus Revolution, Lions Gate Entertainment, 2023).  Fiquei pensando em como essa verdade modifica nosso modo de reagir ao mundo. Certas mentiras gritam tão alto e com tanta insistência que fica difícil não ceder a elas. Algumas são ditas por pessoas do nosso contato ou convívio, outras são estabelecidas por nós mesmos, como se voluntariamente nos colocássemos debaixo delas e passássemos a viver como se elas fossem verdade.

Suponha que um dia um adolescente procura chegar numa rodinha na escola e ouve: “Sai daqui, ninguém te chamou”. Esta fala é suficiente para trazer muitas outras falas internas: “ninguém se importa mesmo”, “não consigo fazer amigos”, entre outros pensamentos, mas surge o medo de passar por isso de novo, e surge a mentira de que “sempre será assim, rejeitado”, e esse adolescente quase que naturalmente passa a acreditar nisso. Agora, seu comportamento será autroprotetivo, voltado para o isolamento.

Mas e se desafiarmos a mentira de que “sempre” será assim? E se desafiarmos a mentira de que todas as pessoas tem a tendência de serem rudes e que “não adianta”?

Aqui entra a tomada de decisão. Lembrando de outro filme, podemos afirmar que a vida será bela se olharmos para ela do ponto de vista da verdade, se calarmos os gritos das mentiras que insistem em nos destruir, especialmente aquelas que habitam nossa mente sem serem convidadas.  Problemas e tragédias acontecem o tempo todo, é fato. Mas eles não determinam quem somos. As Escrituras trazem um Salmo incrível, de número 139, que coloca que fomos formados de modo especial e admirável (verso 14). Somos valiosos e esse valor não reside no que acontece conosco, mas na pessoa que somos, para o Criador, e para o que fomos feitos para ser.

Há mentiras sobre você nas quais você acredita? Troque cada uma delas pela verdade calma, serena e segura de quem você é em essência e viva assim. Quanta gratidão pela verdade de Deus sobre as nossas vidas!