Do total de novas vagas no mercado de trabalho nas regiões, 39,5 mil foram criadas no setor de serviços, que empregou 16 mil pessoas na RMVale e 23,5 mil na região de Campinas, no ano passado.

O segmento vem aumentando a participação no total dos empregos gerados nas duas regiões nos últimos dois anos, quando a pandemia do coronavírus impactou severamente a geração de novos empregos.

No ano de 2020, as 39 cidades da RMVale registraram a contratação de 185 mil trabalhadores, sendo que 95,2 mil pelo setor de serviços, 51% do total das admissões. Naquela época, a região fechou o ano com saldo negativo de 14,9 mil empregos perdidos.

No ano seguinte, o saldo foi positivo e fechou em 30 mil novos empregos no Vale, com o setor de serviços responsável por 14,2 mil postos de trabalho de saldo, 47% da totalidade.

O percentual de participação de serviços saltou para 59% em 2022 no Vale, um aumento de 25%.

CAMPINAS

Na região de Campinas, o movimento foi semelhante. As cidades da RMC fecharam 2020 com a admissão de 363,7 mil pessoas, sendo 179 mil em serviços, 49% do total. O saldo foi negativo em 10,6 mil empregos.

Com saldo de 64,7 mil novos postos em 2021, serviços empregou 31 mil trabalhadores, 48% da totalidade, percentual que chegou a 50% no ano passado – 23,5 mil de um total de 46,7 mil novos empregos gerados na RMC.

Considerando que os empregos no setor de serviços exigem menos qualificação e também pagam salários mais baixos, o mais preocupante nas duas regiões metropolitanas é a queda na participação da indústria na geração de empregos.

Na RMVale, o setor industrial estagnou sua participação em 16% dos empregos desde 2021, percentual menor do que tinha antes da pandemia. Na região de Campinas, as indústrias caíram de 20% para 14% na geração de novos empregos.