'Matador da Bíblia'. O homem de 44 anos que executou duas pessoas e feriu a tiros outras oito em São José dos Campos, levando uma Bíblia em uma das mãos e uma arma na outra, afirmou à polícia que agiu em seu 'fim de semana de fúria' para defender a vida do irmão, que seria usuário de drogas e estaria devendo para o tráfico de drogas na zona sul da cidade. Entre a madrugada de sábado e a noite de domingo, ele praticou duas tentativas de chacina em um intervalo de 43 horas.
O 'Matador da Bíblia' premeditou os crimes. Ele estava fazendo um 'mapeamento' de biqueiras (pontos de venda de drogas) em bairros da região sul da cidade -- fotos do atirador já estavam circulando em grupos de WhatsApp de moradores da área, anunciando que aquele homem estava passando por estabelecimentos comerciais e perguntando onde haviam biqueiras.
Para executar o seu plano de ataque, o atirador usou um revólver calibre 357. Ele estava em uma moto e vestia uma touca e uma jaqueta azul. Testemunhas afirmam que o atirador usava roupa social.
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O fim de semana de fúria teve início na madrugada de sábado, por volta das 2h30, quando duas pessoas foram mortas e quatro baleadas no Campo dos Alemães, na zona sul. As vítimas estavam em frente a uma escola do bairro, na rua Albertina Pereira Lima, quando foram atingidos por disparos de arma de fogo. Um adolescente de 16 anos e um homem de 47 morreram na ação.
No domingo, às 22h, o atirador estacionou a moto e parou em frente a uma adega no Jardim Imperial, mesmo bairro onde mora. Ele carregava uma Bíblia embaixo do braço e testemunhas disseram acreditar que tratava-se de um pastor. Subitamente, ele vestiu a touca preta e abriu fogo contra os frequentadores, atirando sem alvo definido. Quatro pessoas foram baleadas. "Estamos tentando entender o que aconteceu”, disse Vinícius Gabriel, proprietário da adega.
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PRISÃO.
A prisão do suspeito aconteceu em um bar do bairro Parque Industrial, também na zona sul de São José. Questionado pelos policiais militares, ele disse que cometeu os crimes para defender o irmão de traficantes. O irmão seria usuário de drogas segundo a PM. O caso foi registrado como homicídio na Central de Flagrantes e a autoridade de plantão solicitou perícia e exames das vítimas ao IML (Instituto Médico Legal). A equipe de homicídios do Deic (Departamento Especializado de Investigações Criminais) foi acionada e já começou as investigações para esclarecer o caso.
