Sabemos que, para o corpo humano, uma temperatura muito alta é febre e isso indica que algo não está correto, da mesma forma que uma temperatura muito baixa também é sinal de atenção. Analogamente, em uma economia, uma inflação muito alta indica algum problema, que pode ser monetário ou de mercado e uma inflação muito baixa pode indicar uma desaceleração do crescimento econômico.

Você, leitor dessa coluna, já entende bem o conceito de Inflação, mas caso queira relembrar, visite este artigo: https://www.ovale.com.br/ideias/dinheiro-valendo-menos-1.187407

Falar em Desinflação é falar em uma inflação desacelerada. Imagine um produto que valha R$ 10,00 a unidade e venha sofrendo reajustes mensais de R$ 1,00 para cima há 6 meses. No sétimo mês ele sofreu reajuste para cima, de apenas R$ 0,50, ou seja, a unidade está custando R$ 16,50 ao final do sétimo mês. Ele continuou subindo, mas subiu menos que nos últimos 6 meses. Logo, apresentou Desinflação.

Já, ao falarmos em Deflação, estamos falando do inverso, do oposto da inflação. A deflação ocorre quando temos uma queda no preço de bens ou serviços. Imagine nosso produto do parágrafo anterior, se no oitavo mês a unidade estiver custando R$ 15,00, houve deflação.

Seria a deflação algo bom? Depende. Uma deflação constante pode ser um fenômeno observado em tempos de crise, onde a população tem seu poder de compra radicalmente diminuído, fazendo com que as empresas produzam menos produtos, consequentemente empreguem menos pessoas e esse ciclo se intensifica.

O cenário ideal é ter uma inflação controlada, dentro das estimativas do Banco Central. Para ficar por dentro das estimativas do Banco Central para inflação, PIB, SELIC e etc sugiro acompanhar o relatório semanal Focus: https://www.bcb.gov.br/publicacoes/focus