Uma pesquisa realizada pela Universidade Harvard indicou que a interrupção ou diminuição drástica do uso de plataformas digitais por sete dias resulta na queda de indicadores de depressão, ansiedade e insônia entre adultos e jovens.
O estudo, coordenado pelo professor John Torous e publicado no periódico científico JAMA Network Open, monitorou 373 participantes com idades entre 18 e 24 anos nos Estados Unidos. A metodologia combinou a análise de dados técnicos dos dispositivos móveis com questionários clínicos padronizados.
De acordo com o levantamento, a restrição ao uso de redes sociais durante uma semana foi acompanhada pelas seguintes variações:
Os pesquisadores observaram que a sensação de solidão não apresentou alteração estatística. O relatório sugere que a manutenção desse índice pode estar ligada à função de interação social que as plataformas desempenham para esse público.
Os dados revelaram que, embora o tempo médio diário dedicado especificamente às redes sociais tenha caído de 1,9 hora para 30 minutos, o tempo total de utilização do celular permaneceu estável. Os participantes substituíram o acesso aos aplicativos de redes sociais por outras funções ou conteúdos nos aparelhos.
A análise demonstrou heterogeneidade nos resultados: os benefícios foram mais acentuados em indivíduos que já apresentavam quadros depressivos mais elevados no início do monitoramento.
Os autores do estudo apontaram ressalvas quanto à generalização dos dados:
A conclusão do trabalho acadêmico indica que a moderação no uso de redes sociais pode servir como ferramenta de auxílio à saúde mental, mas ressalta que o impacto varia de acordo com o perfil individual e o tipo de interação estabelecida com as ferramentas digitais.