Na tarde desta quarta-feira (7), os 133 cardeais eleitores iniciaram oficialmente o conclave que definirá o sucessor de Pedro e 267º Papa da Igreja Católica. Após entrarem em procissão na Capela Sistina, no Vaticano, os cardeais foram isolados do mundo externo para iniciar as rodadas de votação que podem durar dias.
Leia mais: A história por trás do isolamento de cardeais para eleger um papa
Pouco antes, pela manhã, o reitor do Colégio dos Cardeais, Giovanni Battista Re, presidiu na Basílica de São Pedro a Missa Pro Eligendo Romano Pontifice: celebração tradicional que antecede o início do conclave.
Às 15h45 (horário local), os cardeais reuniram-se na Capela Paulina e caminharam até a Capela Sistina entoando a Ladainha de Todos os Santos e o hino Veni Creator Spiritus, pedindo a inspiração do Espírito Santo para a escolha do novo pontífice.
Uma vez dentro da capela decorada pelos afrescos de Michelangelo, cada cardeal prestou juramento de sigilo absoluto, colocando a mão sobre os Evangelhos e dizendo: “Assim me ajude Deus e estes Santos Evangelhos que toco com minha mão”.
Ao comando “Extra omnes” — “Todos para fora” — os que não participam da eleição saíram do local. Em seguida, o cardeal Raniero Cantalamessa conduziu uma meditação inicial, conduzindo os eleitores a um momento de recolhimento e discernimento espiritual.
A partir daí, os cardeais passaram a viver sob as regras rígidas do conclave. São permitidas até quatro votações por dia — duas pela manhã, duas à tarde — até que um dos candidatos alcance a maioria de dois terços, neste caso, ao menos 89 votos. Fumaça preta indica que não houve consenso. Fumaça branca, acompanhada do repicar dos sinos, anuncia ao mundo que há um novo Papa.
Com cardeais de 70 países, este é um dos conclaves mais diversos da história, reflexo da política de internacionalização adotada pelo Papa Francisco.
A segurança é máxima: bloqueadores de sinal, varreduras contra escutas e proibição total de aparelhos eletrônicos garantem o isolamento completo dos eleitores. Todos os envolvidos, até funcionários de apoio e equipe médica, fizeram juramento de silêncio, sob pena de excomunhão automática.
Lá dentro, tudo acontece longe dos olhos do mundo. Aqui fora, resta acompanhar o que diz a chaminé mais observada do planeta.