A administração do teatro Gaîté Lyrique, em Paris, França, anunciou que abandonará o prédio devido à crise gerada pela ocupação de centenas de imigrantes africanos. O grupo, que inicialmente recebeu ingressos gratuitos para um evento sobre refugiados em dezembro, recusou-se a sair após o término da conferência.

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Desde então, o teatro foi transformado em um abrigo improvisado, resultando no cancelamento de apresentações e grandes prejuízos financeiros. Atualmente, 446 pessoas vivem no local ilegalmente, muitas afirmando ser menores de idade para solicitar moradia permanente. No entanto, autoridades alegam que a maioria é adulta e já era conhecida dos serviços sociais por viver nas ruas antes da ocupação.

A gestão do teatro denuncia episódios de violência, tráfico de drogas e insegurança, além da falta de suporte oficial. Em comunicado, alertaram que a situação se tornou "explosiva" e exigiram uma resposta das autoridades até sexta-feira. Caso contrário, interromperão contratos de segurança, higiene e manutenção do local.

Embora uma decisão judicial tenha determinado a desocupação do prédio em 13 de fevereiro, a prefeitura de Paris, controlada por socialistas e ambientalistas, se recusa a solicitar a intervenção policial. Enquanto isso, ativistas do Collectif des Jeunes du Parc de Belleville, grupo de extrema esquerda, defendem a ocupação como parte de uma luta "antirracista e anticolonial".

O impacto da crise se estende para os comerciantes locais. O bistrot ao lado do teatro já acumula perdas de €30 mil e clientes relatam se sentirem inseguros devido às brigas e ao uso de drogas na região.