OBRIGAÇÃO

PMs de SP devem usar câmeras corporais, determina Barroso

Por | da Redação
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Reprodução/Agência Brasil
Na última sexta (6), o governo de SP informou que as ações estavam sendo implementadas gradualmente.
Na última sexta (6), o governo de SP informou que as ações estavam sendo implementadas gradualmente.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, determinou nesta segunda-feira (9) que policiais militares do Estado de São Paulo utilizem obrigatoriamente câmeras corporais durante operações.

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A decisão foi tomada no contexto da Suspensão de Liminar (SL) 1696, processo no qual o governo paulista havia firmado compromisso com o STF para implementar os dispositivos em ações policiais.

Atendendo a um pedido da Defensoria Pública de São Paulo, Barroso também estabeleceu as seguintes medidas:

  • Prioridade de distribuição: Definir a alocação das câmeras com base em análises de risco de letalidade policial.
  • Recomposição do equipamento: Garantir um total mínimo de 10.125 câmeras operacionais.
  • Divulgação de dados: Publicar informações sobre o Programa Muralha Paulista no portal da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP).
  • Gravação contínua: Manter o uso de câmeras com gravação ininterrupta até que a eficácia de novos modelos acionados manualmente seja comprovada.
  • Prestação de contas: Fornecer relatórios mensais e detalhar processos disciplinares em casos de descumprimento do uso das câmeras.

Histórico da questão

Em novembro, o ministro já havia solicitado ao governo paulista informações detalhadas sobre o contrato com a empresa fornecedora dos equipamentos, Motorola Solutions Ltda., e o cronograma de implementação, incluindo testes, treinamentos e capacitação.

Na última sexta-feira (6), o governo de São Paulo informou que as ações estavam sendo implementadas de forma gradual, com testes programados para o dia 10 de dezembro. Também destacou que as câmeras poderão ser acionadas de forma automática ou manual.

No entanto, para Barroso, os dados apresentados indicam que os compromissos assumidos não foram cumpridos de maneira satisfatória. O ministro classificou a situação como "uma involução na proteção de direitos fundamentais", ressaltando o risco à ordem e à segurança públicas.

Comentários

1 Comentários

  • Freitas 09/12/2024
    Só os de São Paulo?! Que absurdo é esse? E os da Bahia ??? A PM Bahia lidera, em números absolutos, o ranking de mortes devido às intervenções policiais.