TECNOLOGIA

Polícia Federal prende hacker do INSS


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A operação “Mercado de Dados”, conduzida pela Polícia Federal em outubro de 2024, destacou-se como uma das mais importantes ações contra crimes cibernéticos no Brasil. O foco da operação foi desmantelar uma organização criminosa que envolvia hackers e servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), acusados de comercializar ilegalmente dados pessoais de cidadãos brasileiros. Essa prática criminosa possibilitava a realização de fraudes, como a contratação de empréstimos consignados indevidos e o saque irregular de benefícios previdenciários.

Investigação…
As investigações começaram em setembro de 2023 e contaram com o apoio do Ministério da Previdência. O grupo utilizava técnicas avançadas de invasão cibernética para acessar bancos de dados do INSS, e os servidores envolvidos facilitavam o acesso ao sistema ao venderem suas credenciais. Entre os principais alvos da operação, destaca-se um hacker considerado um dos mais habilidosos no Brasil, conhecido por burlar métodos de autenticação digital e manipular sistemas com grande sofisticação.

Resultado
A operação foi ampla, com a Polícia Federal cumprindo 29 mandados de busca e apreensão em Estados como São Paulo, Minas Gerais, Alagoas, Goiás, Pará, Paraná, além do Distrito Federal. A Justiça também determinou o sequestro de 24 imóveis e o bloqueio de até R$34 milhões em recursos financeiros das contas dos envolvidos, mostrando a dimensão econômica da organização. Esses valores foram obtidos através da venda de dados e dos esquemas fraudulentos que envolviam a utilização indevida das informações roubadas

Envolvidos
Entre os envolvidos, três servidores e um estagiário do INSS foram presos, acusados de fornecer acesso aos dados do instituto em troca de pagamentos. O hacker preso já havia sido investigado em ocasiões anteriores, e sua detenção levanta novamente discussões sobre a vulnerabilidade de sistemas públicos e a necessidade de reforçar a cibersegurança em instituições governamentais. De acordo com a Polícia Federal, os acusados enfrentarão uma série de acusações que incluem organização criminosa, corrupção, invasão de dispositivos informáticos, violação de sigilo funcional, obtenção e comercialização de dados sigilosos, além de lavagem de dinheiro.

Problemas
A venda de informações sigilosas não apenas viola a privacidade dos cidadãos, mas também alimenta uma cadeia de fraudes financeiras que prejudica diretamente a população, especialmente os mais vulneráveis, como aposentados e pensionistas do INSS.

Cuidado!
Procure alterar senhas constantemente e evite vinculá-las a dados que podem ser de conhecimento público como datas de nascimento ou documentos, por exemplo. A recomendação é para utilização de senhas que contenham números, letras maiúsculas, minúsculas e caracteres especiais. Desenvolva um padrão de uso, realize os acessos sempre do mesmo aparelho (celular ou computador) e da mesma rede de conexão (Wi-fi ou móvel). Isso desenvolve padrões que podem ser identificados em caso de averiguação e confirmar que houve uma invasão diante de um comportamento atípico. Caso tenha sido vítima, procure um profissional especializado!

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