GINÁSTICA OLÍMPICA

É PRATA! DE NOVO! Rebeca Andrade faz história


| Tempo de leitura: 3 min
arquivo COB

A brasileira ficou em segundo lugar no individual geral de ginástica olímpica, no espaço Berci, em Paris.

Ela disputava com Simone Biles (a campeã) e outras 21 ginastas a busca por um lugar no pódio.

Com música de Anitta e o nosso "baile de favela" ela só não desbancou a americana que retornou este ano, em grande estilo. É a quarta medalha individual dela em Olimpíadas.

Rebeca Andrade conquistou, nesta quinta-feira (1º), a medalha de prata no individual geral feminino da ginástica artística das Olimpíadas de Paris, chegando perto de algo que poucos acreditavam: vencer a melhor da história. Foi por pouco, mas o ouro ficou com a norte-americana Simone Biles.

Agora dona de quatro medalhas olímpicas (e vem mais por aí), Rebeca foi quase perfeita na final do individual geral em Paris e levou a decisão da medalha de ouro até a última apresentação de Simone Biles. Sempre acostumada a vencer com folga todas as adversárias, desta vez a norte-americana teve uma ameaça real.

Chegou ao solo com uma vantagem de apenas 0,166 pontos sobre Rebeca, atual campeã olímpica no aparelho. Mas não é à toa que Biles é a melhor do mundo, com justiça. A norte-americana, que deu um grande passo na chegada do salto e vacilou nas assimétricas, precisava de 113,867, tirou 15,066, e ficou com o ouro.

Rebeca, com uma prata que enche o brasileiro de orgulho, reduzindo ainda mais a distância que a separa da melhor da história. Se no Mundial do ano passado Biles somou 1,633 a mais, hoje a diferença entre as duas foi de só 1,199 pontos.

O duelo, porém, muito provavelmente é o último entre as duas nessa prova. Biles deve se aposentar depois de Paris-2024, e Rebeca já indicou que não pretende continuar competindo nos quatro aparelhos.

Flávia Saraiva fechou a final em oitavo lugar. Ela começou muito bem a competição, nas paralelas e na trave, mas teve um escorregão no solo que a fez terminar com 54,032 pontos, em oitavo lugar. Sunisa Lee, dos EUA, ficou com o bronze, com 56,465.

A COMPETIÇÃO

O grupo com as duas estrelas começou a competição pelo salto, especialidade das duas. Rebeca foi na bola de segurança: seu 'Cheng', mais uma vez muito bem executado, e a mesma nota das eliminatórias, 15,100. Biles, por sua vez, arriscou, e foi recompensanda pelos árbitros.

A norte-americana fez o salto mais difícil do mundo, o Biles II, e deu duas passadas grandes na aterrissagem. Mesmo assim recebeu 9,300 de execução, nota total 15.766, abrindo logo de cara uma vantagem que Rebeca só poderia tirar com um erro da norte-americana.

E foi isso que aconteceu nas assimétricas, quando Biles perdeu um giro e precisou consertar a série no barrote alto. Tirou 13,733 e voltou a abrir a disputa, já que Rebeca fez excelente apresentação e tirou um 14,666 que a colocaria na briga por medalhas na final do aparelho ? exatamente a única para a qual não se classificou.

Biles viria a assumir a liderança na trave. A norte-americana não fez sua melhor apresentação no aparelho, que mesmo assim foi melhor do que o melhor de Rebeca no Mundial. A brasileira, por sua vez, teve um leve desequilíbrio, de um passo na saída, e tirou um 14,133 que não a fez sorrir.

No solo, mais uma apresentação quase perfeita. Um passinho fora na primeira passada não atrapalhou o show, que levantou o público e mereceu 14,033.

Comentários

Comentários