A empolgação na Alemanha é enorme. Apesar de poucos acreditarem que realmente venceram por 7 a 1. “Na quinta-feira, saí para comprar uma camiseta oficial da Alemanha para o meu filho e a loja não tinha o número dele. A vendedora falou que em dois dias depois da semifinal eles não pararam de vender. Estão bem confiantes no título, apesar de considerarem o jogo decisivo bem difícil (contra a Argentina)”, explicou Fernanda.

Fernanda acompanhou a partida na casa da cunhada, a também secretária executiva Anja Kienitz Dreckmann de 43 anos, que mora em Schlierbach. “Ela não imaginou que o Brasil tomaria tamanha goleada. Os jogadores ficaram apáticos, pareciam que não estavam jogando em uma Copa. Faltou garra, tática e equilíbrio emocional. Todos aqui na Alemanha comentam que esses 7 a 1 ficarão marcados por muitas e muitas Copas. Foi muito fácil golear o Brasil que, para os alemães, sempre foi a referência no futebol”, afirmou Fernanda. “Muitos falam: ‘Coitados dos brasileiros’. Sabe, os alemães são sempre educados nos comentários, eles gostam muito dos brasileiros, sentem realmente pena do ocorrido”.

Em relação ao clima de final de Copa, a confiança é total na vitória, principalmente porque a seleção alemã está se preparando para esse dia há muito tempo. Os sogros de Fernanda, o engenheiro mecânico Adolf Dreckmann, de 77 anos, e a dona de casa Marita Creckmann, de 71, que moram em Heideheim, no Sul da Alemanha, vivem a expectativa do tetracampeonato. O sogro dela, inclusive, define bem o que estamos vendo nos gramados brasileiros: “Na seleção alemã, são 11 jogadores com perfeita harmonia”.

É com essa expectativa que os alemães vivem a final da Copa, colorindo as cidades com o amarelo, vermelho e preto das cores das bandeiras, preparando-se para invadir os parques por várias cidades do país, onde telões são montados tradicionalmente, além de estádios de futebol, como o do Bayern, em Munique.