
Comemora-se a 1 de agosto o Dia Nacional do Selo, que ao lado da Bandeira, das Armas e do Hino é um dos símbolos nacionais. Foi nessa data em 1843 que foram publicados os primeiros selos no Brasil – a famosa série Olho-de-Boi. Eles são muito importantes pois se constituem em instrumentos de comprovação do pagamento de taxas de correspondências e suas estampas dos mais variados temas encantam os filatelistas. Perdeu parte de sua função diante da internet já que a comunicação “on-line” é eficiente e imediata, aspectos que se distanciam dos atuais serviços da Empresa de Correioe e Telégrafos brasileira. Mas ainda são muito considerados, pois como expressou Josh Billings, “suas utilidades consistem na habilidade de aderirem a algo até que atinjam seu destino”.
Clube Filatético Jundiaiense
O colecionador de selos é uma pessoa extremamente interessada nos mais variados e importantes temas que através das estampas revelam a história, a cultura, as tradições e artes de inúmeros países. Jundiaí conta uma entidade afim há muitos anos com rica história, repleta de eventos marcantes.
Bem novo passei a frequentar o Clube Filatélico Jundiaiense – FIJUN, que se localizava num imóvel na esquina das Ruas do Rosário com Coronel Leme da Fonseca, onde hoje é um estacionamento. Nos anos 60, muitos adultos, jovens e crianças se misturavam aos domingos pela manhã e quartas-feiras à noite trocando, negociando e curtindo selos brasileiros e de todo o mundo. Depois, mudou para Rua dos Bandeirantes, em cima do Mercado Municipal e onde hoje estão instalados os cartórios eleitorais. E finalmente, foi para a Casa da Cultura, primeiro na Rua Marechal e depois na Rua Barão.
Lembro-me à época de um português, chamado Jeronimo Moreira Raiado que abria e fechava a sede e talvez possuísse a maior coleção de todos. Morava em uma pensão no início da Rua Barão e dizia que o seu quarto se compunha de uma cama e dois guarda-roupas repletos de álbuns.
Também iam constantemente ao clube nos anos 60, entre outros, os Srs. Armando Mazzuia, Prof. Romeiro Lopes, Josué do Prado, Domingos Maia, Sebastião Maia, Emilio Mazzola, Clarisvaldo de Favre, Guido Pelliciari e Armando Vergotti, esses dois últimos entusiastas numismatas.
JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor da Faculdade de Direito do Centro Universitário Padre Anchieta de Jundiaí. É ex-presidente das Academias Jundiaienses de Letras e de Letras Jurídicas ([email protected])