OPINIÃO

O conteúdo que o mundo esquece nasce do criador que não lembra


| Tempo de leitura: 1 min

Todo mundo hoje quer criar conteúdo.
Mas poucos querem criar presença.

Você já percebeu como quase tudo que aparece na sua tela parece ter sido feito pela mesma pessoa? Mesmos cortes, mesmas frases prontas, mesma tentativa desesperada de viralizar. O que ninguém percebe é que essa corrida por atenção está matando exatamente o que mais gera atenção: identidade.

Conteúdo sem visão é só produção.
E produzir, qualquer máquina faz.
Mas criar algo que fique? Que fure o escudo da indiferença? Isso exige alma. Exige história. Exige humanidade.

É só olhar para trás.
Os grandes criadores — de arte, de pensamento, de revolução — não estavam tentando performar. Eles estavam tentando expressar.
Chaplin não fez vídeos curtos pra reter audiência. Ele criou símbolos.
Frida não pintava para ter alcance. Ela pintava a própria dor.
E Jesus não escrevia copy. Ele contava histórias que atravessaram 2 milênios.

Você quer criar conteúdo?
Então para de seguir fórmula e comece a escavar a sua história.
Para de copiar referência e comece a defender um ponto de vista.
Porque o conteúdo que toca vem de um lugar interno, não externo.

Sabe por que a maioria dos conteúdos morre em 24 horas?
Porque eles foram feitos para sobreviver ao algoritmo — não para sobreviver ao tempo.

Hoje, quem vence não é quem posta mais.
É quem cria algo que alguém quer guardar.
Que tem densidade. Que tem estética. Que tem voz própria.
O conteúdo que realmente importa é aquele que carrega o peso de uma ideia que não poderia ter vindo de mais ninguém.
E isso… isso não se aprende com um curso de Reels.
Se aprende com a vida. Com história. Com arte. Com silêncio.

Então a pergunta que eu deixo é:
Você está criando conteúdo — ou está sendo só mais um ruído?

Comentários

Comentários