CONFLITO

Moradora de Campo Limpo enfrentou dias de tensão em Israel; VÍDEO

Por Camila Bandeira |
| Tempo de leitura: 2 min
Vanessa Garcia / Arquivo pessoal
Vanessa Garcia em Jerusalém antes do início dos ataques; peregrinação foi interrompida pela guerra
Vanessa Garcia em Jerusalém antes do início dos ataques; peregrinação foi interrompida pela guerra

A peregrinação anual feita por Vanessa Garcia Rodrigues de Souza a Israel, que já acontece há 15 anos, teve um desfecho inesperado e angustiante este mês. A moradora de Campo Limpo Paulista viajou com um grupo de nove pessoas para Jerusalém no dia 6 de junho, mas no dia 13, o país foi surpreendido por uma nova escalada de conflitos armados. Desde então, ela relata momentos de pânico, noites mal dormidas e falta de apoio para deixar a região.

“Todos os anos eu venho com os membros da minha igreja. É um momento de fé e comunhão. Mas nunca vivemos algo parecido com isso”, conta Vanessa, que se viu no meio de um conflito armado. “Acordamos com sirenes, sem entender o que estava acontecendo. Pessoas corriam pelos corredores com malas. Só então nos disseram para irmos para o bunker porque estavam disparando mísseis sobre Jerusalém.”

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Segundo ela, os alertas eram frequentes e acontecem até durante o dia. “Desço oito andares pelas escadas porque não se pode usar elevador. Ficamos esperando um novo alerta que permita sair. Já acordamos com o barulho do míssil passando. Hackearam até o sistema de alertas. É uma situação emocionalmente muito difícil”.

Com o voo de retorno cancelado, o grupo tentou apoio da embaixada brasileira e do Itamaraty, mas, segundo Vanessa, não obteve orientações práticas sobre como sair da zona de risco. “Dizem apenas para ficar em local protegido. Mas e para sair daqui com segurança, como fazemos? As fronteiras estão perigosas. Egito e Jordânia não são rotas seguras para civis sem escolta”.

Ela continua explicando "Desde o primeiro dia em que a guerra começou, entrei em contato com a embaixada não esperei o voo ser cancelado. Mesmo assim, até o cancelamento e depois dele, não recebi nenhuma orientação. Nenhuma informação foi repassada", conta Vanessa.

Ela relata que já teve experiências delicadas nesses países “É muito perigoso atravessar o deserto por oito horas de ônibus. Já vivi isso e não quero repetir”

Após dias de espera e incerteza, Vanessa e os demais conseguiram retornar ao Brasil com apoio de operadores locais. “Chegar no nosso país foi um alívio”.

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