A relação entre som, vibrações e a água presente em nossos corpos é um campo que sempre me fascinou por ser profundamente interconectado. Os estímulos sonoros podem afetar diretamente nossa saúde física, mental e emocional, já que a vibração do som ressoa com a água presente em nosso organismo, influenciando diretamente as nossas emoções e a nossa energia.
Nosso corpo é composto por aproximadamente 70% de água, enquanto o cérebro, um dos órgãos mais importantes do nosso corpo, é composto por cerca de 73% a 92% de água e essa alta porcentagem é fundamental para a manutenção da estrutura do cérebro e para o bom funcionamento de suas funções, como conduzir a informação entre os neurônios, facilitar a neurotransmissão, melhorar a memória, atenção e humor. Importante, não é mesmo? Esses números ressaltam o quanto estamos suscetíveis às influências das vibrações sonoras, uma vez que a água é um excelente meio condutor de ondas sonoras.
Estudos realizados pelo cientista japonês Masaru Emoto trouxeram à tona a influência das vibrações sonoras e das intenções humanas na estrutura molecular da água. Emoto mostrou que cristais de água expostos a palavras positivas, música harmoniosa ou boas intenções formavam padrões simétricos e harmoniosos quando congelados. Por outro lado, a exposição a palavras negativas ou sons ruins gerava padrões desordenados e caóticos.
Embora essas descobertas ainda gerem debates científicos, elas reforçam a ideia de que a água pode “responder” às vibrações ao nosso redor, e a maioria de nós já sabia disso de maneira indireta. A maior parte do nosso corpo é composta de água, essas vibrações podem influenciar diretamente nossas células, tecidos e órgãos. Quem nunca se sentiu bem ao ouvir uma música boa e se sentiu mal ao ouvir uma ruim? Músicas negativas desequilibram nossa vibração, assim como as positivas elevam nossa frequência.
O som, que é essencialmente uma vibração, tem a capacidade de viajar através da água com uma eficiência superior à que ocorre no ar. No corpo humano, isso significa que as ondas sonoras podem alcançar as células, promovendo ressonância. Este é o princípio por trás de práticas como a terapia de som, em que instrumentos como tigelas tibetanas, gongos e diapasões são usados para gerar frequências que estimulam o relaxamento, reduzem o estresse e promovem a regeneração celular.
Além disso, músicas ou sons harmônicos podem impactar diretamente nosso sistema nervoso. Músicas calmantes, com ritmos lentos e frequências específicas, podem ativar o sistema nervoso parassimpático, responsável pelo relaxamento e pela recuperação. Sons caóticos, em contrapartida, podem aumentar os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, afetando negativamente a saúde ao longo do tempo. Eis a relação que tanto gosto do som com a nossa saúde.
Considerando a sensibilidade da água às vibrações, podemos entender como os sons que ouvimos diariamente, como músicas, vozes e até mesmo os ruídos dos ambientes, podem impactar nossa saúde e bem-estar. Músicas com frequências harmônicas específicas, como 432 Hz, são frequentemente associadas a um estado de equilíbrio e harmonia. Em contraste, sons desorganizados ou frequências artificiais podem causar desconforto e até mesmo doenças em longo prazo.
Além disso, a ressonância causada pelo som pode atingir estruturas mais profundas do corpo, como o líquido cefalorraquidiano que envolve o cérebro e a medula espinhal. Isso reforça a importância de praticar mindfulness ao selecionar os sons que consumimos no dia a dia, desde os ambientes em que vivemos até as músicas que ouvimos. Incrível né?
Quando os sons e as vibrações são harmoniosos, uma série de benefícios pode ser observada: como redução do estresse e ansiedade, melhora na qualidade do sono, aumento da imunidade e equilíbrio emocional (favorecendo estados meditativos e de clareza mental).
Algumas técnicas modernas de saúde integrativa têm utilizado o som para restaurar o equilíbrio do corpo, como terapia de som com água e os seus efeitos relaxantes e a própria musicoterapia. Algumas pessoas mais sensíveis utilizam as músicas de maneira leiga, para se autorregularem. Sons suaves para relaxar são muito bem vindos quando nos sentimos tensos e estressados.
Entender a relação entre som, água e nosso corpo reforça a necessidade de adotar uma abordagem mais holística para a nossa saúde. Isso significa cuidar não apenas do corpo físico, mas também do ambiente vibracional ao nosso redor. Sons harmônicos, palavras positivas e música de qualidade são ferramentas simples, mas muito poderosas para promover saúde e bem-estar em um mundo onde estamos constantemente cercados por ruídos artificiais e estímulos excessivos.
O som e a água são elementos primordiais que atuam em sinergia dentro do nosso corpo. Ao escolhermos com consciência as vibrações que nos cercam, temos a oportunidade de melhorar nossa saúde, alcançar estados mais elevados de equilíbrio e fortalecer a conexão entre corpo, mente e o ambiente que nos cerca. A música não é apenas entretenimento, mas uma poderosa aliada no cuidado com o nosso bem-estar físico e emocional. Muita saúde a todos.
Liciana Rossi é especialista em coluna e treinamento desportivo, pioneira do método ELDOA no Brasil (licianarossi@terra.com.br)