Jundiaí é uma cidade de maioria católicos. E, assim como muitas outras cidades, foi reconhecida inicialmente como povoado por causa da presença de uma igreja, a atual Matriz Nossa Senhora do Desterro. De acordo com os últimos dados sobre religiosidade em abrangência nacional, do Censo 2010, a porcentagem de seguidores do Catolicismo na cidade é 67,16%, acima do Estado de São Paulo (62,13%) e do Brasil (65,92%).
Naturalmente, Jundiaí tem muitos padres nascidos e criados na Terra da Uva, e que atuam em muitas das 70 Paróquias e diversas Comunidades que existem na cidade. Este é o caso do padre Márcio Odair Ramos, de 42 anos, que exerce o sacerdócio há 14 anos.
Nascido e criado na Vila Nambi, sempre frequentou a Comunidade Santa Maria Goretti. Hoje, é pároco na Paróquia Nova Jerusalém, na Vila Della Piazza. “Toda a minha família é católica e moram até hoje na Vila Nambi. Eu sempre frequentei a Santa Maria Goretti, da Paróquia São João Batista. Fui batizado, fiz a Primeira Eucaristia, Crisma, participava do grupo de jovens. Minha formação religiosa sempre se deu ali.”
Márcio conta que, quando jovem, tinha pretensões normais, mas sentiu que precisava se dedicar mais à Igreja. “Eu namorei por um tempo e queria me casar, fazer faculdade, ter minha família. Meu namoro terminou e na época eu até trabalhava já, como técnico em eletrônica, pretendia ingressar em Engenharia. Mas percebi, naturalmente e de maneira sensível, que Deus pedia algo. Eu sentia essa necessidade de dar mais de mim e entregar minha vida à Igreja”, lembra. A partir daí, o padre começou o acompanhamento vocacional.
Missa jundiaiense
Sobre ter crescido em uma igreja e hoje celebrar missas em outra, Márcio diz que não é problema para a família, que, católica fervorosa, frequenta ambas. “Minha mãe tem 78 anos, meu pai, 83. Eles vão à igreja na Vila Nambi no sábado à tarde e, no domingo, vêm aqui na Nova Jerusalém. Tenho sete irmãos e irmãs que também vêm para a missa aqui”, conta.
Márcio morou fora de Jundiaí durante alguns anos, quando cursou mestrado e doutorado em Roma, mas voltou para a cidade e ama ser padre aqui. “Jundiaí é uma cidade abençoada e tem em sua identidade a busca pela Igreja, pelo Sacramento, o conforto espiritual. Todas as comunidades são fervorosas e ativas, percebemos a vivacidade não só pelo número de fieis que vai à missa, que é uma boa frequência, mas também pelos trabalhos, que existem todos os dias, com catequese, pastorais, o Caminho Catecumenal.”
Sobre ser pároco na Terra da Uva, Márcio é grato. “Amo ser padre em Jundiaí. Tem muito trabalho, mas amo. Sou grato a Deus por estar na cidade onde nasci e que exige muito de mim. Acho que é uma missão em cumprimento. Me vejo em um caminho de resposta e estou feliz em responder a Ele. Tem suas exigências, mas me sinto amparado, no local exato e respondendo a Deus o que Ele quer de mim agora”, conta.
Sobre as tradições da cidade com a Igreja Católica, o padre aproveita para falar sobre a Festa da Semana do Padroeiro, que acontecerá na Nova Jerusalém, que começa nesta sexta (2) e vai até terça-feira (6). “Neste final de semana tem a Festa do Bom Jesus, até terça-feira. O legal é que teremos expositores, todos empreendedores da paróquia.” As missas são diárias. Dia 2 às 19h30, dia 3 às 18h, dia 4 às 9h e às 18h, dia 5 às 19h30 e dia 6 às 19h30. Já na festa, haverá opções de comidas, brincadeiras e produtos dos empreendedores locais.