Dr. Bactéria fala que apenas água fervente não basta para limpar uma garrafinha. "A pessoa pode usar água quente para higienizar, mas só se usar água com detergente também. Se não usar o detergente, a higienização não será correta, porque temos gordura na boca e na pele e só o detergente que consegue remover essa gordura. Seria igual a lavar um prato, depois de usado, só com água", pontua.

ATENÇÃO

O biomédico diz que mesmo que apenas uma pessoa use a garrafinha, a alta concentração de germes pode ocasionar um problema, pois ultrapassa a resistência natural do organismo. "Existem alguns germes que são oportunistas. Um deles é o que dá o sapinho. Você tem uma resistência a ele, mas há um limite. Se a concentração desses germes for muito grande, o aumento da quantidade pode implicar na resistência. E se a pessoa tiver uma feridinha na gengiva, por exemplo, pode até ter uma septicemia, que é quando a infecção vai para a corrente sanguínea, e causar um problema maior, então precisa desse processo higiênico."

Roberto conta que é preciso também ter atenção às garrafas de plástico em relação ao material. "Se a garrafa for de plástico, tem que obervar o símbolo de reciclagem, que geralmente é um triágulo. Se esse símbolo tiver um número 7 impresso no meio, pode ter binfenol-A (BPA), que causa alterações hormonais e pode dar câncer." E diz que as garrafinhas em que a água costuma ser vendida têm tempo de uso menor. "É um plático mole. Pode ser usado, mas a durabilidade é menor, porque esse plástico é mais sensível, então, por ter choque na garrafa, com o uso, podem surgir fissuras no material, que podem contaminar a água."