IMPUNIDADE?

Motoristas bêbados se multiplicam em Jundiaí, causando acidentes e mortes

Embriaguez ao volante é crime, mas muita gente assume o risco da ação e coloca a própria vida e de outras pessoas em perigo

Por Nathália Sousa | 10/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min

Reprodução

Embriaguez ao volante é risco assumido e causa acidentes, mas continua acontecendo
Embriaguez ao volante é risco assumido e causa acidentes, mas continua acontecendo

Não são raros os casos de acidentes causados por motoristas embriagados em Jundiaí. Alguns casos são mais leves, apenas com danos materiais, mas há também os casos graves e até fatais. Nesse contexto, percebe-se que muita gente na cidade ignora o perigo de dirigir sob o efeito de bebida alcoólica. De acordo com o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP), neste ano, até o momento, o município de Jundiaí contabilizou 39 situações de infrações por alcoolemia. É um caso registrado a cada dois dias e meio.

Em todo o ano passado, foram contabilizados 75 casos. Já em 2022 o número ficou na casa de 73 casos na cidade. Vale lembrar que, tanto dirigir sob efeito de álcool - quando o teste do etilômetro (bafômetro) aponta o índice de até 0,33 mg de álcool por litro de ar expelido - quanto recusar-se a soprar o bafômetro são consideradas infrações gravíssimas, segundo os artigos 165 e 165-A do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Em ambos os casos, o valor da multa é de R$ 2.934,70 e o condutor responde a processo de suspensão da carteira de habilitação. Se houver reincidência no período de 12 meses, a pena é aplicada em dobro, ou seja, R$ 5.869,40, além da cassação da CNH.

Já nos casos de infração por alcoolemia, que ocorrem quando o motorista apresenta índice a partir de 0,34 miligramas de álcool por litro de ar expelido no teste do etilômetro, há configuração de crime de trânsito e, se condenado, o motorista, além da multa e suspensão da CNH, cumpre de seis meses a três anos de prisão, conforme prevê a Lei Seca, também conhecida como "tolerância zero".

Mesmo com essa legislação, não é difícil ver quem deixe bares e festas, após beber, conduzindo veículos. No último fim de semana, um homem embriagado bateu em um cruzamento, deixando uma mulher em estado grave. Já em junho do ano passado, uma jovem de 21 anos foi vítima fatal na cidade, quando, na Anhanguera, o veículo em que estava foi atingido por um outro que transitava pela contramão, conduzido por um motorista embriagado.

Em âmbito nacional, somente no feriado da Semana Santa, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) autuou em rodovias federais 1.599 motoristas por alcoolemia. Número 116% maior que o registrado na operação Semana Santa de 2023, quando foram autuados 740 condutores por embriaguez ao volante.

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