INCLUSÃO

Jundiaí tem mais de 170 vagas exclusivas para PCDs

Atualmente, o município é o sexto do estado que mais emprega pessoas com deficiência, são 3.349 trabalhadores, 12% da população com deficiência estimada

Por Nathália Sousa | 04/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min

Daniel Tegon Polli

Atualmente, o município é o sexto do estado que mais emprega pessoas com deficiência, são 3.349 trabalhadores
Atualmente, o município é o sexto do estado que mais emprega pessoas com deficiência, são 3.349 trabalhadores

De acordo com o Observatório dos Direitos da Pessoa com Deficiência, da Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em uma população de 443.221, é estimado que Jundiaí tenha 27.531 pessoas com dificiência (PCDs), 6,21% do total da população. A maior parte, 13.096, tem deficiência visual, seguida pela física (10.048), intelectual (5.508) e auditiva (5.335). Mas, neste cenário, há uma parcela dessas pessoas que quer trabalhar e está fora do mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que há várias vagas abertas.

Atualmente, o município é o sexto do estado que mais emprega pessoas com deficiência, são 3.349 trabalhadores, o que representa 12% da população estimada com deficiência empregada formalmente, ainda segundo o Observatório dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

No município, entre vagas anunciadas pelo portal Jundiaí Empreendedora e outros sites de anúncios de vagas, há ao menos 170. Há mais de 30 anos existe a lei de inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, mas os avanços ainda são conquistados ano a ano, como a acessibilidade de empresas e a quebra de paradigmas e preconceitos sobre PCDs em ambientes de trabalho.

HÁ VAGAS

Gerente de RH de uma empresa que tem 10 vagas abertas para PCDs em Jundiaí, Kelly Suate diz que sempre é muito difícil preenche-las. "Estamos com as vagas, mas não consigo encontrar candidatos, e os que começam, acho que por estarmos em um polo industrial muito aquecido, acabam indo embora. Hoje, não contratamos cadeirantes, mas contratamos pessoas com todas as outras deficiências. Eu tinha um funcionário PCD só, mas ele pediu demissão recentemente. Temos cotas, mas as vagas estão sempre abertas", lamenta.

Kelly diz que há a preocupação com a integração dos contratados. "Tanto a coordenação quanto a liderança do setor de linha de produção dão amparo a esses trabalhadores, mas até hoje não conseguimos chegar a cinco funcionários e, quando conseguimos funcionários, ficam pouco tempo. Quando contratamos, tem um respaldo para dar suporte a essa pessoa."

Um dos intuitos da lei de inlcusão é a autonomia, mas Kelly conta que há apreensão de pais quando os filhos com alguma deficiência começam a trabalhar. "Tive dois casos recentes em que percebi muito a questão da autonomia e a influência dos pais, até no momento da entrevista. Seria bacana se tivessem uma aprendizagem, uma vivência antes de começarem a trabalhar", diz ela sobre o preparo para que PCDs tenham mais contato com o mercado de trabalho.

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