EM JUNDIAÍ

CENIPA apura causa da queda de aeronave na Serra do Japi

Órgão é o responsável por, após encontrados todos os destroços e o corpo do piloto, identificar o que levou ao acidente

Por Mariana Meira | 01/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min

Acidente aeronave

REDE VOA/DIVULGAÇÃO
REDE VOA/DIVULGAÇÃO

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) é o órgão responsável por, a partir de agora, investigar o que levou à queda da aeronave PIPER AIRCRAFT PA-34-220T, na última sexta-feira (29), em Jundiaí. O avião era pilotada por Angelo Chaves Pucci, de 44 anos, cujo corpo foi encontrado no sábado (30) próximo aos destroços, em uma região de mata fechada da Serra, por equipes de busca do Centro de Controle Operacional, por bombeiros militares e agentes da Defesa Civil de Jundiaí e de Várzea Paulista.

As informações sobre os trabalhos que mobilizaram cerca de 50 pessoas no final de semana foram detalhadas pelo coordenador da Defesa Civil de Jundiaí, o coronel João Osório Gimenez, no programa "Difusora 360", da Rádio Difusora, na tarde desta segunda-feira (1º).

"Muito provavelmente o óbito do piloto se deu pela queda da aeronave, mas esses são detalhes que serão apurados pela investigação do CENIPE, que inclusive esteve com a equipe. Ele que fez todas as fotos e análise de todas as peças do avião", afirma.

A aeronave se partiu em pedaços após o impacto contra o solo, que, até verificação total do ocorrido, a princípio, não se sabia pertencer a Jundiaí ou Várzea Paulista, motivo pelo qual as equipes de ambas as cidades foram deslocadas. Com apoio de forças aéreas, foi identificada, na noite de sexta-feira, a presença dos destroços, que, por sua vez, só puderam ser acessados, de fato, na manhã seguinte. Já o corpo de Angelo foi removido ainda um dia depois antes de ser levado para Goiânia, onde foi velado, segundo informações do coronel.

"Essa é uma região íngreme, de muitas picadas, que em linha reta tem 1.100 metros de distância mas para uma caminhada das equipes chega a 3 ou 4 quilômetros, além das questões climatológicas do local, que dificultam a visibilidade", explica Gimenez.

Relembre o caso

A aeronave havia decolado do Aeroporto Estadual de Jundiaí Rolim Amaro e estava próxima de seu destino, o Aeroporto Campo de Marte, na noite de quinta-feira (28), quando informou ao controle operacional que precisaria retornar a Jundiaí devido a dificuldades de comunicação com o aeródromo.

Pela manhã, foi constatado que a aeronave não havia chegado ao destino, a partir do qual os órgãos públicos foram contatados para esclarecer o que aconteceu.

Natural de Goiás, o piloto era formado em direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Goiânia e tinha inscrição como estagiário na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Ele trabalhava na multinacional chinesa HKTC Do Brasil S/A, com sede em Hong Kong, a proprietária do avião bimotor, que divulgou nota sobre o acidente. “A família HKTC está em luto, Ângelo era um profissional exemplar, responsável, comprometido e apaixonado por aviação. A perda é imensurável”, diz o texto da empresa. “Nesse momento estamos totalmente voltados a prestar a assistência necessária à família do Ângelo.”

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