PROCURA ALTA

Mercado imobiliário deve ser menos cauteloso neste ano

Em Jundiaí, demanda supera oferta e novo Minha Casa, Minha Vida também tende a atender público represado

Por Nathália Sousa | 25/03/2024 | Tempo de leitura: 3 min

Jornal de Jundiaí

Em Jundiaí, demanda supera oferta e novo Minha Casa, Minha Vida também tende a atender público represado
Em Jundiaí, demanda supera oferta e novo Minha Casa, Minha Vida também tende a atender público represado

Falando com corretores e com pessoas que procuram um imóvel em grupos de locações, não é difícil perceber que Jundiaí é uma cidade valorizada no que diz respeito a mercado imobiliário. Isso porque há mais procura do que oferta. O resultado disso é muita gente procurando uma residência e poucas opções disponíveis no mercado. Essa movimentação, por consequência, gera uma especulação. Neste ano, porém, a expectativa é de que os lançamentos do setor superem os do ano passado, para que o equilíbrio seja maior.

De acordo com o vice-presidente de Comercialização e Inteligência de Mercado Imobiliário da Associação das Empresas e Profissionais do Setor Imobiliário de Jundiaí e Região (Proempi), Eli Gonçalves, a perspectiva é de que este ano tenha crescimento no setor, após um 2023 desacelerado. "O empresário foi até mais cauteloso que o próprio comprador. Então, Jundiaí vendeu muito no ano passado, gerando até um dos menores estoques da história da cidade, e isso ainda acontece. Nesses primeiros meses de 2024, são compradas as últimas unidades daquilo que foi lançado no ano passado."

Eli conta, no entanto, que os lançamentos deste ano dependem de mais do que só a procura mais alta do momento. "A perspectiva é ter um volume até maior de lançamentos em 2024, mas isso depende muito de fatores macroambientais, porque 2024 vai ser um ano onde a nossa economia pode ser afetada, desde fatores geopolíticos internacionais até a questão da taxa de juros de financiamento imobiliário", explica.

Eli complementa que há alguns anos, sobretudo na pandemia, o mercado teve um bom período, mas a previsibilidade caiu. Ainda assim, a procura pode motivar a alta. "Já tivemos vendas fortes desde 2019. E em alguns segmentos, parte do público-alvo já comprou imóvel. O que eu posso dizer é que o Minha Casa, Minha Vida ainda continuará tendo boas vendas, porque é uma demanda reprimida muito grande, especialmente o Minha Casa, Minha Vida da faixa 2, que é a maior demanda reprimida que existe. Falta produto nesse perfil e a gente deve ter algo para este ano, então deve vender bem."

CORRETORES

De acordo com o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP), a região de Jundiaí teve uma alta considerável em vendas e locações no início deste ano. As vendas apresentaram alta de 122,16% e o volume de novos contratos de locação assinados no período teve alta de 93,33%.

Foram consultadas 23 imobiliárias das cidades de Atibaia, Bom Jesus Dos Perdoes, Braganca Paulista, Cabreúva, Campo Limpo Paulista, Itupeva, Jarinu, Jundiaí, Louveira, Nazaré Paulista, Piracaia e Várzea Paulista.

"A Região já começa 2024 com ótimos resultados. E as expectativas se tornam maiores quando se analisam os projetos e as políticas públicas que podem ser implementadas nesses municípios. As Câmaras Técnicas da Região Metropolitana de Jundiaí se reuniram, recentemente, para debater ações de grande impacto, como a recuperação das margens do Rio Jundiaí, a implantação do Trem Intercidades e vários projetos de habitação. Isso, sem dúvida, vai movimentar positivamente ainda mais o segmento imobiliário", afirmou o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto.

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