SOLIDARIEDADE

ONG’s que atuam pelos animais transformam vidas e convidam ao voluntariado

Idealizadoras da ONG Abrigo Amigo Fiel são 'tutoras' de quase 250 cães adultos e três ninhadas de filhotes que foram abandonados

Por Rafaela Silva Ferreira | 22/03/2024 | Tempo de leitura: 3 min
Jornal de Jundiaí

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Em um mundo onde a negligência e a crueldade ainda persistem, ONGs se erguem como farois de esperança para os animais em situação de vulnerabilidade. Mais do que abrigos, essas entidades assumem o papel de anjos da guarda, oferecendo proteção, cuidado e amor aos bichinhos que mais precisam.

De Campo Limpo Paulista, a ONG Abrigo Amigo Fiel, idealizada por Rita Dezena e Regina Barboza Cardoso, desenvolve um trabalho abrangente e incansável em prol dos animais. Resgatam, oferecem atendimento veterinário, além de cuidar da reabilitação física e emocional dos bichinhos e, por fim, buscar lares responsáveis para adoção. “A verdade é que cumprimos um papel que deveria ser responsabilidade de do poder público e isso reflete uma sociedade que não tem tanto amor como diz ter, afinal, poucas pessoas vão até um abrigo e procuram adotar e mudar a realidade em que vivemos.”

Factualmente, a omissão na criação e implementação de políticas públicas eficientes para a proteção animal configura-se como uma grave falha social. E essa negligência gera impactos negativos como aumento da população de animais em situação de rua, proliferação de doenças e maus-tratos. “Para manter as atividades, nós dependemos de doações de recursos financeiros e materiais, como ração, medicamentos e produtos de higiene.”

O dia a dia nas ONGs é marcado por uma rotina intensa de cuidados com os animais. A equipe trabalha na limpeza e organização dos espaços, na alimentação dos animais, na administração de medicamentos, na realização de brincadeiras e atividades de socialização, entre outras tarefas. Rita e Regina, que são tutoras de quase 250 cães adultos e três ninhadas de filhotes que foram abandonados, compartilham uma ideia que poucas pessoas enxergam.

“Os abrigos acabam encobrindo a verdade. Embora sejam de suma importância, não são românticos. Posso dizer que são alegres porque tentamos levar um pouco disso para aqueles animais que já sofreram tanto, mas com certeza eles estariam melhor tendo uma família.”

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Cidades como Curitiba e Florianópolis demonstram que é possível implementar políticas públicas eficientes para a proteção animal, com resultados comprovados na redução da população de animais em situação de rua, no aumento do número de adoções e na diminuição dos casos de maus-tratos. É o que cita Lívia Sousa Gonçalves, 28 anos, que foi voluntária na Associação Focinho Caridoso.

“Desde pequena me comprometo a lutar pela proteção animal porque sempre entendi que a causa é de todos nós. Quando me voluntariei e passei a consumir a rotina das ONG’s, ficou ainda mais claro para mim sobre o papel que essas organizações têm na sociedade”, relata. “Eu via a alegria dos animais quando eram adotados e aquilo era a maior recompensa que tínhamos", afirma.

A Focinho Caridoso nasceu quando a jovem estudante de Medicina Veterinária, Alessandra Rabelo, entendeu que sua profissão poderia fazer muito mais por aqueles que precisavam de ajuda. Foi então que, aos 18 anos, fundou a Associação Focinho Caridoso, que se consolidou em 2020 quando a Empreendedora Carla Cristiane trouxe seu amor pelos animais para a luta diária pela proteção animal. Ao todo, a Associação assiste 32 Abrigos que somam mais de 2 mil animais.

"Hoje não atuo mais como voluntária na Focinho, mas posso dizer que toda ajuda é muito bem-vinda para contribuir com a continuação desses trabalhos. Seja um doador, leve doações de rações, produtos de limpeza, camas ou medicamentos quando puder. E claro, adote! Todo pet merece um lar cheio de amor e carinho", finaliza.

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