VERÃO

Onda intensa de calor afeta a saúde das pessoas

Clima quente e forte pode causar vários problemas, tanto do corpo quanto da pele; veja como se cuidar durante a época de mormaço

Por André Borges | 16/03/2024 | Tempo de leitura: 3 min
Jornal de Jundiaí

Divulgação

Nova onda de calor atinge o Brasil; SP deve ter aumento de 5°C
Nova onda de calor atinge o Brasil; SP deve ter aumento de 5°C

Mais uma forte onde de calor atingiu o Brasil essa semana, a terceira do ano. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o Estado de São Paulo, junto de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, devem registrar temperaturas 5°C acima da média.

 

Normalmente, o calor mais forte acontece entre o fim da primavera e começo do verão, mas, ultimamente, o fenômeno vem surgindo de forma recorrente. As ondas de calor se formam a partir de dois fatores: massas de ar quente e seco e bloqueios atmosféricos, que são uma circulação de ventos no alto da atmosfera, impedindo o avanço de outras massas de ar. A circulação desses ventos é no sentido anti-horário, o que favorece as massas de ar quente e impede a chegada de frentes frias.

 

Consequentemente, os ventos mandam essas frentes frias para o oceano, favorecendo o ar quente e seco. A clínica geral Marília Arcadipane explica que as temperaturas elevadas podem provocar problemas de saúde e dificultar trabalhos ao ar livre. 

 

"A transpiração excessiva, tontura, dor de cabeça e fraqueza são alguns dos sinais que as pessoas podem sentir quando há a presença da onda de calor", explica Marília. Ela aponta que, quando o corpo está exposto a altas temperaturas, ele busca de adaptar como um mecanismo de defesa. "Porém, em situações em que a temperatura corporal sobe rapidamente, esses mecanismos não conseguem mais nos proteger, levando a uma reposta inflamatória importante, que necessita de tratamento imediato". 

 

Em relação ao atendimento médico, a clínica geral diz que é preciso buscar quando o corpo perde a capacidade de se proteger do calor. "Os sinais mais frequentes que isso esteja ocorrendo são: transpiração intensa e contínua, sensação de fadiga extrema, sensação de desmaio, confusão mental, dificuldade para respirar, com respirações rápidas e superficiais, náuseas e vômitos", aponta. 

 

A melhor proteção contra o calorão é a hidratação, beber bastante água ao longo do dia, mesmo se não estiver com sede. Há também outros métodos de proteção. "Uso de roupas leves, além de bonés, chapéus e óculos de sol, evitar o contato direto com o sol, principalmente entre 10h e 16h, aplicar protetor solar e uso de ventiladores e janelas abertas para ventilar a casa. Evitar atividades físicas exaustivas, principalmente em ambientes expostos diretamente ao sol, além de uma alimentação leve", conclui.

 

PELE PROTEGIDA

 

Com as fortes ondas de calor, a pele pode ser muito afetada caso não haja o devido cuidado. O dermatologista Luiz Gameiro explica o que acontece com a pele durante o calor intenso. "Com a alta temperatura, os vasos da pele dilatam, deixando mais vermelha, mas, principalmente, mais sensível, aumentando o risco de agravamento de doenças relacionadas à sensibilidade da pele ao sol". 

 

Ele também faz um alerta em relação às complicações causadas pelos raios de sol intensos. "Sem a devida proteção, enfermidades como rosácea e lúpus podem ser agravadas pelo calor. Aumenta-se também o risco de queimaduras solar. Essas podem, se frequentes, aumentar o risco de um câncer de pele chamado melanoma no futuro", aponta.  

 

Para prevenir esses problemas relacionados ao sol, Gameiro indica o uso de roupas, acessórios como boné, chapéu, óculos de sol e filtro solar aplicado a cada duas horas nas áreas expostas ao sol. "Além disso, ingerir bastante água é altamente recomendado, pelo menos 2 litros para um adulto médio". 

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