ECONOMIA

Prato feito está 12% mais caro em Jundiaí

O principal vilão da alta de preços é a batata inglesa que subiu 34,61%, logo depois vem o arroz com mais de 30% de aumento

Por Rafaela Silva Ferreira | 14/03/2024 | Tempo de leitura: 2 min
Jornal de Jundiaí

Divulgação

A carne, o frango e os legumes tiveram alta, por isso o aumento nos valores do prato feito
A carne, o frango e os legumes tiveram alta, por isso o aumento nos valores do prato feito

O tradicional prato feito está mais caro para os brasileiros. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o principal vilão da alta de preços é a batata inglesa que subiu 34,61%, logo depois vem o arroz com mais de 30% de aumento, o feijão vem em seguida com variação de 19,17%.

Em Jundiaí, de acordo com estabelecimentos contatados pela reportagem do Jornal de Jundiaí, a porcentagem de aumento é de 10% a 12%.

Preferindo não se identificar, o proprietário de um restaurante no Centro de Jundiaí, afirma que o aumento dos preços de alguns alimentos é o principal motivo da alta. "A carne, o frango e os legumes subiram muito. Por isso tivemos que aumentar o valor do prato feito para não ter prejuízo", explica. Hoje, o mesmo prato que custava R$26, subiu para R$ 31.

No entanto, ele afirma que a alta dos preços não está afetando o movimento do restaurante. "Por enquanto, mas se tivermos mais aumentos acredito que as pessoas vão começar a comer menos fora de casa, preferindo cozinhar na residência para economizar", diz.

Gerente de um restaurante na Agapeama, Roberta Martins conta que o prato feito, que antes custava em média R$ 20 no estabelecimento, passou a ser vendido por cerca de R$ 22,50, uma diferença de 10%. "Aumentar os preços não é uma decisão fácil, mas é necessária para garantir a qualidade dos nossos produtos e a sustentabilidade do negócio. Estamos sempre em busca de alternativas para minimizar os impactos nos nossos clientes, como promoções e combos, mas infelizmente, o aumento dos custos é uma realidade que estamos enfrentando", ressalta.

De acordo com alguns economistas esse aumento reflete a sazonalidade de alguns alimentos que sofrem aumento de preços no verão. A expectativa é a medida da aproximação do outono os preços de alguns alimentos possam reduzir.

RESISTINDO

Amanda Carvalho, proprietária de um restaurante na Avenida Samuel Martins, afirma que apesar das notícias sobre o aumento de preços, ela ainda não precisou repassar novos valores para os clientes. "Por enquanto, os preços mais altos não chegaram até nós, mas em épocas passadas, quando isso acontece, tentamos absorver", diz.

A empresária destaca que a situação é delicada e que é preciso estar atento a todos os detalhes. "Por experiência, geralmente legumes e hortaliças têm aumentos exorbitantes e fica complicado negociar com fornecedores e buscar soluções criativas para manter o equilíbrio financeiro, porque são alimentos difíceis de serem substituídos", explica. "Nesses casos, precisamos repassar o reajuste para o cliente", finaliza.

COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.