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RETROSPECTIVA
Atos antidemocráticos, novas filiações e guerra marcaram o ano na política
2023 foi um ano agitado para a política nacional e mundial
Por Mariana Meira | 31/12/2023 | Tempo de leitura: 3 min
REPRODUÇÃO
O fatídico e tenso dia 8 de janeiro
Após eleições tumultuadas e em meio a um clima de tensão no Palácio do Planalto, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em protesto ao resultado das urnas nas eleições de 2022, que deram a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), invadiram e depredaram os prédios públicos da sede dos Três Poderes, em Brasília.
O Congresso Nacional, por meio de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), investigou as origens dos ataques, e mais de 2 mil pessoas foram presas pela Polícia Federal (PF).
O próprio ex-presidente foi investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), devido a um vídeo publicado por ele - e apagado duas horas depois - no dia dos ataques. Bolsonaro também chegou a entrar com duas ações contra o resultado das eleições no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), porém, ambas foram rejeitadas.
Guerra longe do fim
No dia 7 de outubro, o grupo extremista Hamas realizada o mais grave ataque já feito contra os israelenses, em ostensivas por mar, ar e terra, deixando centenas de civis mortos e feridos. Em retaliação, Israel desencadeou uma forte operação de bombardeios à Faixa de Gaza, área com população majoritariamente palestina e controlada pelo Hamas.
Era apenas o início de uma série de ataques e contra-ataques envolvendo os dois territórios, que travam batalhas há quase 100 anos por reconhecimento territorial. O ano de 2023 se encerra sem que ainda tenha havido um acordo efetivo para cessar fogo, mesmo com o envolvimento de diversos países e da ONU (Organização das Nações Unidas).
Dados do Ministério da Saúde em Gaza, administrado pelo Hamas, mostram que em média quase 300 pessoas foram mortas todos os dias desde o início do conflito.
Novas filiações em Jundiaí
Após uma longa carreira política no PSDB, o prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado, decidiu filiar-se ao PL, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, no mês de junho. Em entrevistas na época, o chefe do Executivo afirmou que o PL é "o melhor partido do Brasil".
Pouco tempo depois, seu braço direito e gestor de Governo e Finanças de sua gestão, José Antonio Parimoschi, também filiou-se ao mesmo partido. Os dois têm aparecido juntos em vários eventos da cidade e o nome de Parimoschi é a indicação de Luiz Fernando para sua sucessão.
Ao longo do ano, diversas outras figuras políticas do município manifestaram intenção de deixar o PSDB, alegando que o partido tucano se desidratou - o que pode ser observado em sua massiva derrota nas eleições de 2022.
Eleições em Itupeva
A cidade de Itupeva viveu uma situação atípica em agosto deste ano, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou, por unanimidade, os diplomas de Marcão Marchi e seu vice, Alexandre Mustafa. A decisão do TSE também reconheceu a inelegibilidade de Marcão, em decorrência de condenação por uso indevido dos meios de comunicação durante a campanha eleitoral de 2016.
A pena não valeu para Mustafa, que arriscou sua candidatura nas eleições suplementares convocadas pela Justiça para o município a partir de novembro. A campanha teve a duração de apenas um mês até as eleições, que tiveram como vitorioso Rogério Cavalin, eleito com 56% dos votos válidos.
Ele assume em janeiro e comanda a prefeitura até o final do ano, quando ocorrerão as eleições convencionais.
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